O advogado Francisco Faiad, responsável pela defesa de Carlos Alberto Gomes Bezerra, conhecido como Carlinhos Bezerra, de 57 anos, afirmou que não irá tentar um pedido de liberdade após a prisão preventiva do acusado de matar a ex-companheira, Thays Machado, de 44 anos. Segundo Faid, apesar de abalada com a situação, a família Bezerra demonstra conformidade com a prisão. A fala foi dada na manhã desta segunda-feira (23), durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão em na casa do acusado, localizada na avenida Antártica, em Cuiabá. 

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Questionado sobre os próximos passos na defesa de Carlinhos Bezerra, o advogado declarou que ainda vai analisar o inquérito, mas adiantou que até o momento nenhuma medida será tomada. De acordo com Faid, neste primeiro momento um pedido de liberdade não deve ocorrer. 

“Nós estamos acompanhando a busca e apreensão e depois vamos analisar o inquérito como um todo. Até agora nenhuma medida foi tomada. A defesa não entrou com recurso e nem vai entrar nesse momento”, disse em entrevista à imprensa na saída da residência. 

O responsável pela defesa de Carlos Alberto Gomes Bezerra chegou a comentar sobre o encontro que o acusado teve com a família, na última sexta-feira (20), na Penitenciária Central do Estado. Segundo o advogado, o deputado Federal Carlos Bezerra (MDB), pai de Carlinhos Bezerra, segue abalado com a situação do filho. 

“Conversaram sobre a situação dele como preso, pedindo para ele ter paciência, que como o ato foi cometido, agora só resta ele pagar pela ação que cometeu. Abalado, porque logicamente um pai nunca esperaria que um filho pudesse cometer um ato desse”, comentou Faiad. 

Mandado de busca e apreensão

A equipe da Delegacia Espec de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) chegou na casa de Carlinhos por volta das 10h, em viaturas descaracterizadas, e só deixou o local depois das 12h. Foi preciso chamar um chaveiro para abrir o cofre no escritório do filho do deputado federal Carlos Bezerra (MDB). 

De acordo com o delegado, no escritório montado na casa de Carlinhos os agentes encontraram gravadores e equipamentos que monitoravam a localização de Thays, assim como os contatos telefônicos que ela tinha em vida. As provas confirmam a linha de investigação, de que o crime foi premeditado. 

"As buscas foram proveitosas. Conseguimos comprovar que o suspeito estava perseguindo a vítima. Achamos rastreadores, gravadores e diversas provas de que o suspeito vinha monitorando os passos da vítima, como por exemplo, as geolocalizações, por meio de aplicativo, da vítima", disse