Nove meses após ser alvo de operação da Polícia Federal contra o tráfico internacional de drogas, o ex-secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci), Nilton Borgato, foi exonerado do Conselho Estadual de Educação de Mato Grosso (CEE/MT), pelo governador Mauro Mendes (União). O ex-conselheiro deixou a pasta em março do ano passado para disputar as eleições, mas foi preso dias depois.
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A exoneração de Borgato, que era membro da Câmara de Educação Profissional e de Educação Superior (Ceps), foi publicada no Diário Oficial de Contas, que circulou nesta quinta-feira (26).
Borgato foi preso no dia 19 de abril, na Operação Descobrimento, que também investiga o advogado Rowles Magalhães e a doleira Nelma Kodama. As investigações tiveram início em fevereiro de 2021, quando um jato executivo Dassault Falcon 900, pertencente a uma empresa portuguesa de táxi aéreo, pousou no aeroporto internacional de Salvador/BA para abastecimento. Após ser inspecionado, foram encontrados cerca de 595 kg de cocaína escondidos na fuselagem da aeronave.
A partir da apreensão, a Polícia Federal conseguiu identificar a estrutura da organização criminosa atuante nos dois países, composta por fornecedores de cocaína, mecânicos de aviação e auxiliares (responsáveis pela abertura da fuselagem da aeronave para acondicionar o entorpecente), transportadores (responsáveis pelo voo) e doleiros (responsáveis pela movimentação financeira do grupo).
Borgato era conhecido entre os membros da organização como Índio e, segundo a PF, fazia parte do primeiro escalão, sendo responsável pela aquisição da droga junto ao fornecedor e introdução da mercadoria na Europa.
O CEE
O conselho é órgão normativo, deliberativo, consultivo do Sistema Estadual de Ensino do Estado de Mato Grosso, e de assessoramento superior da Secretaria de Educação, com representação paritária entre o Governo do Estado e entidades da sociedade civil organizada.