O delegado Marcel Oliveira, da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), afirmou que a diabetes neuropática que Carlos Alberto Gomes Bezerra possuí não afetou a premeditação dos assassinatos da ex-esposa Thays Machado, de 44 anos, e William César Moreno, de 30 anos. A informação foi repassada em uma coletiva de imprensa na segunda-feira (30).
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Carlos afirmou em primeiro interrogatório à Polícia Civil que cometeu o crime devido a uma "descompensa emocional" causada por neuropatia diabética. O atirador afirmou que a conhecia há três anos e sete meses e que no momento do crime lhe faltou inteligência emocional.
Entretanto, o delegado encaminhou um requerimento à Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) questionando se a doença causaria uma descompensa emocional e se seria passível de imputalidade ou semi-imputabilidade penal.
"Os médicos foram questionados sobre esse assunto e já esclarecemos. Nada alegado por ele prospera. Então, não existe qualquer relação com a situação da diabetes em estágio de neuropatia com questões relacionadas a violenta emoção, imputabilidade e semi-imputabilidade.", afirmou o delegado.
Entenda o caso
O casal foi assassinado no dia 18 de janeiro, em Cuiabá. Thays foi atingida com dois tiros nas costas e um na altura do quadril. William foi atingido no braço esquerdo e no peito.
Ele ainda tentou fugir do atirador, mas caiu na calçada, a poucos metros de Thays, onde faleceu.
Conforme os primeiros levantamentos realizados pela equipe da DHPP, Thays e William estavam em um relacionamento, mas a mulher vinha sofrendo ameaças do ex-companheiro e suspeito do crime.
Após cometer o crime, o suspeito fugiu do local e a DHPP iniciou as diligências, acionando unidades da Capital e do interior a fim de localizá-lo. A equipe do Núcleo de Inteligência da DHPP apurou que o autor dos homicídios estava escondido em uma fazenda, na região de Campo Verde.
