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Terça-feira, 16 de julho de 2024

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TRAGÉDIA FAMILIAR

Criança que atirou em prima de 2 anos também é vítima e receberá proteção, explica delegado

Foto: Reprodução

Criança que atirou em prima de 2 anos também é vítima e receberá proteção, explica delegado
O delegado titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Marcel Oliveira, declarou que a tragédia familiar que vitimou a pequena Eloá, de apenas dois anos, abalou a estrutura familiar, ocasionando também uma vítima psicológica, a prima de cinco anos, que disparou acidentalmente o tiro.


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“Nós temos uma vítima fatal, uma criança de dois anos, mas a gente também vai ter uma vítima psicológica, porque uma criança de cinco anos de idade que vê a sua prima ali, caída no chão, morta, com certeza, o abalo que essa criança vai ter pelo resto da vida”, disse Marcel, durante coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira (11).

Eloá foi atingida por um tiro acidental em sua cabeça e morreu, dentro de sua residência no bairro Santa Cruz 2, em Cuiabá. Conforme apurado pela DHPP, a arma de fogo pertence ao 2º sargento da Polícia Militar, Elienay Pinheiro, e estava guardada em um fundo falso, dentro de uma gaveta em uma mesa de cabeceira, ao lado da cama, no quarto do casal.

Os procedimentos cabíveis à DHPP já foram finalizados e o caso agora será encaminhado a Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), que ficará responsável por indiciar ou não o policial.

Elienay está à disposição da Justiça e poderá responder pelo crime de omissão de cautela, que se dá quando o proprietário de uma arma de fogo não toma o cuidado necessário para evitar o uso indevido do armamento.

“A arma é pessoal, todos nós, policiais, temos que ter arma para proteção pessoal e é uma pessoa que é habilitada e segundo consta, tinha muito cuidado na guarda de seu armamento”, disse o delegado responsável pelo caso, Olímpio da Cunha Júnior.
 
Segundo o delegado titular da DHPP, a criança de cinco anos deverá ser submetida à medidas de proteção, por conta da idade, para prevenir os abalos psicológicos que a menor pode ter pelo resto da vida.

“Nessa situação, do ponto de vista jurídico, criança não pratica qualquer fato, na verdade praticam um fato análogo a um crime, mas diante das circunstâncias, ela não tem condão e não tem possibilidade de sofrer qualquer tipo de medida socioeducativa”, explica Marcel.

Agora, a menina deverá ser acompanhada pela Vara da Infância e Juventude, que pode determinar as medidas de proteção necessárias para evitar consequências psicológicas futuras.

“Eu acho que todo mundo já tem dimensão das circunstâncias, uma vítima, criança de dois anos, uma vítima, prima de cinco anos. Toda a família está abalada. Elas estavam ali brincando, brincam há muito tempo. Os pequenos detalhes, nada vai mudar, a gente tem uma criança morta de dois anos e uma extremamente abalada, de cinco anos, e qualquer coisa agora vai ser acessório”, complementou o delegado.

A criança de cinco anos que disparou o tiro de arma de fogo ficou bastante abalada com a situação e em estado de choque. Ela foi retirada do local pelos familiares e não chegou a falar com nenhum agente policial.
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