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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Interventora faz balanço dos 68 dias na Saúde de Cuiabá, cita melhora e confirma que 17 mil morreram na fila

Foto: Reprodução

Interventora faz balanço dos 68 dias na Saúde de Cuiabá, cita melhora e confirma que 17 mil morreram na fila
A convite da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa (ALMT), a interventora da Saúde de Cuiabá, Daniella Carmona, fez um balanço sobre os primeiros 68 dias em que a pasta municipal está sob cuidados do Estado. Entre as primeiras ações destacadas pela enfermeira estão o aumento de leitos de UTI e enfermaria, além da ampliação de vacinação e retomada de exames de raio-x.


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O que mais chamou a atenção na primeira parte da apresentação da interventora aos parlamentares é o número de pacientes que morreram aguardando cirurgia eletiva. Segundo a gestora, 17 mil faleceram e não conseguiram realizar o procedimento cirúrgico. 

Os deputados Paulo Araújo (PP), Faissal Calil (Cidadania), Gilberto Figueiredo (UNIÃO) e Lúdio Cabral (PT) ouviram atentamente as explicações de Danielle, que apontou o aumento de leitos, principalmente no Hospital Municipal de Cuiabá, sendo 10 UTIs pediátricas e 9 adultos.

Além de avanço em leitos no HMC, a interventora falou sobre a reorganização da rede para tentar diminuir o tempo de internação dos pacientes. "Tivemos que aumentar os leitos justamente no período de surto de síndrome gripal, que elevou de 29% para 89% de ocupação nos leitos do Pronto Socorro", disse Daniella. 

Ao prosseguir a explicação, a interventora lembrou que está seguindo todas as recomendações de melhoras exigidas pelo Tribunal de Justiça e Tribunal de Contas. Foram contratados 120 médicos que estavam aptos devido ao processo seletivo já feito pela gestão anterior.

"Hoje temos médicos em 100% das unidades básicas de saúde e aumentamos 49% de médicos em UPAs e Policlinícas. Também convocamos 137 médicos aprovados no concurso de 2022 e atualmente a rede possui 23 profissionais do Mais Médicos", pontuou. 

Sobre as cirurgias, que começaram em 10 de abril, a interventora lembrou que houve um aumento de 77% nas cirurgias eletivas e 18% nas urgências nos hospitais municipais. "Existem 15 mil solicitações de cirurgias de emergência, que eram solicitações desde 2016. Também descobrimos, em cruzamento de dados, que num total 110 mil pacientes, 17 mil pacientes que estavam na fila de cirurgia eletiva já tinham ido a óbito. Nesse cruzamento também excluímos 10 mil pacientes que estava com nome na fila, já havia feito a cirurgia e tiramos do cadastro", comentou. 

A ampliação da vacinação dos cuiabanos também foi um tema tratado pela interventora. Os números saltaram de 15 mil vacinados para 26 mil no mês de abril. "Além de fazer o Dia D de vacinação, também vamos fazer o extramuros, com nossos profissionais indo até a casa das pessoas idosas, acamadas e impossibilitados de se locomover", disse. 

Quanto ao tempo de espera dos pacientes nas UPAs e policlínicas, o tempo médio de espera diminuiu de 3h para 1h20m. "Eram unidades lotadas e sem exames de raio-x. Muitos pacientes ficavam internados esperando um raio-x e ocupando leito. Os diretores de unidades mandavam todos para o Pronto-Socorro para fazer esse exame e ocupavam leitos de quem precisava. Por isso resolvemos essa questão da instalação de três aparelhos de raio-x nas três UPAs e isso também fez diminuir o tempo de espera nas unidades", comentou. 
 
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