A interventora da Saúde de Cuiabá, enfermeira Daniella Carmona, explicou que apenas em dívidas trabalhistas a prefeitura da capital possuía R$ 113 milhões atrasados, valores provenientes de férias, FGTS e 13º, além do prêmio saúde.

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Apesar de estar em fase de quitação, o que chamou a atenção foi a dívida da Empresa Cuiabana de Saúde, que ultrapassa cifra de R$ 90 milhões. Os profissionais que trabalhavam para a empresa não tinham seus direitos trabalhistas depositados desde o ano de 2022.

“São R$ 113 milhões de dívidas. A Secretaria Municipal de Saúde estava com R$ 19 milhões de dívidas trabalhistas, que não eram pagas desde 2022. Outros R$ 92 milhões é só da empresa cuiabana de saúde. Dos R$ 19 milhões em dívida com nossos profissionais, 11,9 milhões já foram pagos. Isso inclui prêmio saúde que estava atrasado, 13º, plantões extras, e tudo será quitado até julho deste ano”, disse a interventora.

Outra parte destacada pela interventora é a situação precária que algumas unidades estão e mesmo assim estão sendo usadas para atendimento de pacientes. A pior de todas é a Policlínica do Coxipó. 
“O retrato da saúde é de caos. No Coxipó, a unidade referência não tinha espaço para dar banho em pacientes. Alguns tinham que ser usadas com canecas e usar uma barraca. Ambiente horrível”, comentou a interventora. A Unidade de Saúde da Família do Jardim Leblon foi outro exemplo de precariedade.

“Situação ruim. Os próprios funcionários não querem trabalhar por conta do caos, sujeira e outros problemas. A sala de sutura era a mesma de expurgo. Uma situação muito ruim”, completou.

Daniella está prestando contas da gestão à Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa. Os deputados Gilberto Figueiredo (UNIÃO), Lúdio Cabral (PT), Diego Guimarães (Republicanos), Faissal Calil (Cidadania) e Paulo Araújo (PP) acompanham os trabalhos de perto.