O deputado estadual Júlio Campos segue firme no objetivo de demover o governador Mauro Mendes do comando do União Brasil de Mato Grosso, função para a qual o chefe do Executivo foi designado há pouco mais de dois meses. O parlamentar vem se dizendo “pressionado” pelas bases do partido, por conta da maneira como Mendes tem conduzido a sigla, e defendeu que ele seja substituído por alguém que tenha disponibilidade para rodar pelo Estado.
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"O que eu não concordo é que um governador focado como é o Mauro Mendes queira comandar o partido, sem ter tempo. Um presidente precisa ter muito tempo para conversar, conciliar, e o governador não tem. Se o Mauro Carvalho quisesse assumir seria excelente”, considerou o deputado, no último final de semana.
Mauro Carvalho, que atualmente também integra a Executiva do partido em Mato Grosso, assume nesta semana como senador, na cadeira de Wellington Fagundes (PL). Sua ida para Brasília promete aumentar ainda mais a tensão no União Brasil. Isto porquê, nesta segunda-feira (3), o governador Mauro Mendes oficializou Fábio Garcia na Casa Civil do Estado.
Conforme Olhar Direto já havia adiantado, o arranjo é uma forma de favorecer o deputado federal na disputa interna com Eduardo Botelho para ser escolhido candidato do União Brasil para a Prefeitura de Cuiabá. No Estado, o parlamentar terá maior articulação com deputados, além de estar presente em ações lançadas no Município.
Publicamente, os filiados ao União Brasil que já se manifestaram sobre o assunto trataram de colocar panos quentes na escolha de Mauro. O próprio Botelho, embora tenha reagido com surpresa ao anúncio do governador, disse que a decisão faz parte do jogo político.
Nos bastidores, porém, a ala do partido mais alinhada ao presidente da Assembleia Legislativa não aceitou bem a escolha do governador, principalmente porque Mauro não teria consultado a opinião dos aliados sobre o assunto. “Ele toma as decisões sozinho. Não consulta ninguém”, retrucou uma fonte.
“Nós queremos convocar uma reunião da Executiva para conciliar isso, porque está havendo uma truculência muito grande”, cobrou Júlio Campos, sobre a celeuma entre Fábio e Botelho.
