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Domingo, 18 de agosto de 2024

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R$ 100 BI EM 40 ANOS

Emanuelzinho desconfia de números apresentados pela Sefaz-MT e diz que União trabalha para aprovar 'reforma possível'

Foto: Olhar Direto

Emanuelzinho desconfia de números apresentados pela Sefaz-MT e diz que União trabalha para aprovar 'reforma possível'
Vice-líder do Governo Federal na Câmara dos Deputados e oponente pessoal do governador Mauro Mendes (UNIÃO), o deputado federal Emanuelzinho (MDB) sugeriu que a Fazenda de Mato Grosso possa ter superdimensionado eventuais impactos que a reforma tributária provocará no Estado. Estudos divulgados pelo Executivo indicam perda de R$ 100 bilhões na arrecadação em 40 anos.


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“Eu preciso abordar aqui minha posição política. Não dá para confiar [nos números apresentados pelo Governo]. O governador Mauro Mendes, em várias peças orçamentárias já superestimou receita de um lado, subestimou despesa de outro. Eu trouxe essa informação para a liderança do Governo e nós estamos estudando os impactos reais, especialmente na questão do custo da produção do agro. Além disso, é natural que haja uma compensação para os estados, o Governo [Federal] não terá como fugir da criação desse fundo. Mas, especificamente sobre Mato Grosso, eu não concordo com esses R$ 7 bilhões [perda anual]. Acredito que esse número possa ser um pouco menor”, alfinetou o parlamentar.

Nesta segunda-feira (3), em reunião com o setor produtivo de Mato Grosso, o secretário de Fazenda Rogério Gallo apresentou as ultimas projeções feitas por sua equipe, em relação ao substitutivo apresentado pelo relator da matéria na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

Segundo o secretário, estima-se que, se aprovada a atual proposta, a reforma tributária irá provocar uma perda de 20% na arrecadação do Estado.

Já nesta terça-feira (4), Gallo e o governador Mauro Mendes estiveram pessoalmente com Aguinaldo Ribeiro em Brasília, onde demonstram, ainda, preocupação com os impactos da reforma na vida de produtores rurais, nos setores da indústria e comércio, e também para os cidadãos das classes mais baixas.

Lançando mão dos dados da Sefaz-MT, Mendes apontou para o relator um aumento de custos, tributos e burocracia ao produtor rural, além de perda de renda bruta caso a matéria seja aprovada como está.

Ribeiro afirmou que irá avaliar a possibilidade de incluir as sugestões do Governo de Mato Grosso na proposta.
A expectativa do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), é votar a reforma ainda nesta semana, mas ainda não há consenso.

De acordo com Emanuelzinho, o Governo Federal trabalha para aprovar a reforma “que for possível”.

“Existe o texto ideal e o texto que é possível de se atingir. Mudanças deverão naturalmente ocorrer, nós ainda estamos negociando os principais pontos. Até sexta-feira ainda vai haver muita conversa, para que a gente tenha o número de votos necessários. Não adianta ter um texto ideal para o Governo, mas que não passe no Congresso. Todo mundo quer aprovar a reforma em Brasília, mas vai depender de como vai ficar o texto. Enquanto vice-líder do Governo, nosso foco é garantir que seja aprovada ainda esse semestre”, concluiu o deputado.
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