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Quarta-feira, 26 de junho de 2024

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ORDENOU QUE DEDOS FOSSEM DECEPADOS

Servidora da educação pediu para participar de assassinato 'por nunca ter visto alguém morrer'

Foto: Reprodução

Servidora da educação pediu para participar de assassinato 'por nunca ter visto alguém morrer'
Conversas encontradas pela Polícia Civil apontam que a integrante da facção criminosa Comando Vermelho e servidora da educação de Nova Ubiratã, Maria Rita Araújo Ribas, pediu para participar do assassinato de Pablo Ronaldo Coelho dos Santos, de 23 anos, porque não havia visto ninguém morrer mesmo tendo uma carreira no crime. Ela foi responsável por determinar que a vítima tivesse os membros decepados.


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Conforme o documento, "Maria Profe" foi convocada por um comparsa para auxiliar na execução da vítima e para dar apoio no transporte. Em conversas trocadas entre os bandidos, a servidora da educação pede para participar do crime já que, segundo ela, nunca tinha visto alguém morrer.

Porém, apesar de ter auxiliado no assassinato de Pablo, a mulher não participou da execução porque os comparsas não permitiram. Entretanto, ela ordenou que o jovem tivesse os dedos decepados.

Foi apontado ainda que desde 2020, Maria Profe atua na gerência do tráfico de drogas na região.

No decorrer da investigação foi apontado que Edson Gerson Machado de Moura financiou e coordenou os crimes cometidos contra Pablo. Ele ordenou a morte enquanto estava no Complexo Penitenciário Ahmenon Lemon Dantas, em Várzea Grande.

Entenda o caso

Pablo estava desaparecido desde o mês de abril, quando veio do interior de São Paulo para trabalhar em Mato Grosso. 

Informações reunidas no inquérito apontam que o sequestro foi premeditado para torturar as vítimas a fim de que confessassem integrar uma facção criminosa rival.

O delegado responsável pelo inquérito, Bruno França Ferreira, destaca que motivo de toda a crueldade praticada foi, em tese, o fato de as vítimas terem supostamente feito um sinal com a mão que remetia ao número três.

Pablo Ronaldo e seu amigo foram abordados por quatro investigados, dentro de um bar, na noite de 19 de abril. L.S.A., que liderava o grupo, ofertou R$ 200 a um dos investigados para que ajudasse a levar dois rapazes para torturar e matar.

Os suspeitos conduziram então as vítimas ao cativeiro, onde iniciaram a sessão de tortura que durou toda a madrugada. Um adolescente também participou dos crimes e é investigado em procedimento autônomo.

A vítima sobrevivente contou que tiveram mãos e pés amarrados e colocaram um pano em sua cabeça e jogaram água, além de chutes e socos em ambos. Também apanharam com uma lâmina de faca, o que causou lesões nas costas e nos cotovelos.

As vítimas também foram obrigadas a gravar um vídeo dizendo que romperiam com uma facção e iam participar de outra. O vídeo foi enviado ao mandante dos crimes.

​Durante 42 dias, a Polícia Civil realizou diversas diligências para localizar Pablo Ronaldo. Com auxílio do Corpo de Bombeiros, de cão farejador e de policiais militares foram realizadas buscas por áreas da mata para onde a vítima foi levada e executada.

Na noite do dia 31 de maio, a equipe da Delegacia de Nova Ubiratã encontrou os restos mortais de Pablo Ronaldo.
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