Apesar de apontar legitimidade dos vereadores, o deputado estadual Paulo Araújo (PP) afirmou que a criação da CPI dos Indenizatórios na Câmara de Cuiabá é mais uma conspiração do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) contra o gabinete de intervenção na Saúde municipal.
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De acordo com o parlamentar, o gestor mobilizou sua base para atrapalhar o andamento dos trabalhos liderados pela interventora Danielle Carmona, que já colocou a Saúde da capital de volta aos trilhos.
“Trabalho do vereador é fiscalizar. A base do prefeito Emanuel, mais uma vez, a mando do prefeito, conspira contra a intervenção. A intervenção sendo comandada por pessoas sérias, honestas e que colocam a saúde de Cuiabá nos trilhos. A gente torce para que a Câmara de Cuiabá possa propor coisas boas à intervenção. Tenho certeza que a equipe do gabinete está aberta para sugestões”, disse.
“Emanuel nunca ajudou a Saúde e agora conspira contra, quando ataca o gabinete de intervenção”, acrescentou.
Como comparativo, o deputado, que integra a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, afirmou que os deputados têm atuado para dar todo apoio necessário para que o gabinete de intervenção volte a salvar vidas.
Paulo pontuou que o mesmo deveria ocorrer no município. “A Câmara e o próprio prefeito poderiam ajudar o gabinete de intervenção a continuar salvando vidas, colocando a saúde nos trilhos. Mais uma vez o prefeito Emanuel dá sinais que conspira contra saúde de Cuiabá”.
Por fim, o deputado disse que se dependesse dele, a intervenção – que tem prazo até 31 de dezembro de 2023 - duraria até o final do mandato de Emanuel, com o comando da Saúde municipal sendo devolvida ao novo prefeito ou prefeita.
A CPI
A comissão foi criada para investigar possíveis irregularidades nas contratações de medicamentos em valor superior ao já registrado nos pregões realizados pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde Vale do Rio Cuiabá – CISVARC, cujo o Município de Cuiabá é integrante.
O grupo será presidido pelo vereador Sargento Vidal (MDB), que é vice-líder do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) na Câmara; Luis Cláudio (relator), do PP, e Ricardo Saad (membro), do PSDB. O prazo para conclusão dos trabalhos é de 120 dias.