O diretor-geral do Hospital Santa Rosa, Cervantes Caporossi, confirmou a alta hospitalar dos irmãos Adelar Mateus Jacobowski e Valdir Roque Jacobowski, sobreviventes do acidente envolvendo o bimotor King Air C-90, no Aeroporto Bom Futuro, em Cuiabá, ocorrido na tarde do dia 4 de outubro. As vítimas saíram da unidade hospitalar no domingo (8), mas antes, chegaram a comemorar o aniversário da filha de Adelar, Ana Clara Jacobowski, ainda no quarto do hospital. A família publicou registros nas redes sociais.
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Segundo o comunicado do Hospital Santa Rosa, Adelar precisou passar por um procedimento cirúrgico devido ao trauma. A dupla ficou internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para acompanhamento médico e precauções.
O produtor rural, Eraí Maggi, amigo da família, relatou que Adelar passou por uma cirurgia no intestino, pois havia uma hemorragia interna, causada pela pancada no acidente. Já Valdir, teve lesão na coluna. “Graças a Deus eles foram socorridos rápido, e deu tudo certo no Hospital Santa Rosa, sob cuidados do Dr. Cervantes”.
Além disso, Eraí disse à imprensa nesta segunda-feira (9) que o acidente com a aeronave foi uma fatalidade, podendo ter ocorrido “coisa pior”, e a perda de mais vidas.
“Agora tem que deixar a apuração ver o que aconteceu. Mas podia ter tido mais mortes, explodidos vários tanques de combustível, vários aviões, podia ter pegado várias pessoas, tinham grupos de gente trabalhando, em vários blocos, muita gente no pátio, com caminhão”, disse Maggi.
“Ele podia ter entrado de dorso, aí matava todo mundo no avião também. Foi uma fatalidade, o pessoal veio de Brasília estudar e ver o que foi, temos que esperar, não adianta ficarmos emitindo opinião, falando o que foi ou o que não foi. Um pouquinho mais e a asa não tinha segurado, vocês podem ver nas imagens, ele podia ter virado de dorso. E o King nessa situação, dificilmente escapa alguém dentro, dois motores, ele dá inércia e vira de dorso, aí não tinha chance para ninguém”, completou.
Eraí também chegou a comentar que acredita que o piloto Fernando Kawahata Barreto, 42 anos, morto no acidente, tirou o avião muito cedo do solo. “Não pode brincar com isso não, tinha que ter deixado o avião correr mais, o avião andou pouco, pelas filmagens mostra que ele andou uns 300 metros, tinha que ter sido no mínimo uns 600 metros, para tirar o avião do chão. O piloto, infelizmente, teve negligência sim”.
Morreram no acidente o piloto do avião Fabrício Kawahata Barreto, de 42 anos, e Juan José Jaramillo, de 62 anos, que trabalhava no aeroporto e foi atingido pela aeronave. Ambos morreram carbonizados.
Ainda não é possível afirmar a causa da queda. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) investiga as circunstâncias do acidente. Por meio de nota nesta quarta-feira, a empresa Bom Futuro lamentou a morte dos colaboradores. Segundo a empresa, o avião envolvido no acidente não pertencia ao estabelecimento.
