Em seu primeiro compromisso oficial em Cuiabá desde que retornou da viagem à Ásia, o governador Mauro Mendes (UNIÃO) evitou falar sobre a Lei Orçamentária Anual (LOA). Questionado por jornalistas sobre o tema, o chefe do Executivo foi curto em sua resposta e disse que precisa se atualizar sobre “todas as informações” a respeito do texto. “Eu não sei se o status mudou desde quando eu saí, mas se não mudou, as respostas são as mesmas de quando eu saí”, disse nesta segunda-feira (21).
Leia também
Sérgio Ricardo avaliará resultados para decidir se defende continuidade de intervenção: 'o prefeito vai conseguir dar conta?'
A LOA de 2024 foi entregue pela equipe econômica do Executivo ao Parlamento estadual no dia 29 de setembro. O projeto, no entanto, não contemplou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que iria aumentar de R$ 11 milhões para cerca de R$ 28 milhões o valor destinado a título de emendas individuais dos parlamentares.
Por causa dessas e outras inconsistências, o texto foi devolvido para o governo para correções. Desde então, a matéria está na Casa Civil e não foi devolvida para apreciação dos deputados.
Na última semana, o deputado estadual e primeiro-secretário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Max Russi (PSB), cobrou celeridade da Casa Civil para encaminhar a LOA para análise dos parlamentares. Naquela altura, ele havia dito ser desnecessário aguardar o retorno de Mendes para que os deputados tenham a peça orçamentária.
“Nós temos um governador de exercício, nós temos um chefe da Casa Civil. Não vejo a possibilidade da viagem do Mauro interferir em algo nesse sentido. Acho que esse assunto está muito mais relacionado à Casa Civil, que precisa fazer esse encaminhamento o mais rápido possível. Acho que a Casa Civil precisa definir logo e mandar a LOA novamente à Assembleia”, disse Russi.
O deputado disse também que a demora do Paiaguás no envio da LOA à Assembleia pode fazer com que a proposta seja votada apenas em 2024. “É uma possibilidade”, admitiu. Ele acrescentou ainda que esse atraso prejudica exclusivamente o governo.
