Uma das 600 lojas destruídas pelo incêndio no Shopping Popular em Cuiabá na madrugada desta segunda-feira (15) pertencia ao comerciante “Diego Baia”. Era um box especializado na venda de aparelhos celulares iPhones e Xiaomi's e acessórios como carregadores, fones de ouvido e caixas de som. 

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Em entrevisat ao Olhar Direto, Diego relatou que, desde a inauguração da loja há cerca de 6 anos, a rotina era a mesma: chegava sempre às 7h da manhã e saía às 19h. Mas nesta segunda, entretanto, foi diferente. "Um amigo me ligou por volta das 3h da madrugada, dizendo que o shopping estava pegando. Corri para o local. A cena foi de desespero. 

Como já mostrou o Olhar Direto, o incêndio consumiu toda a estrutura do Shopping. O fogo teve início por volta das 2h25 da manhã e deixou o local reduzido às cinzas e escombros. O shopping abrigava 600 lojas e gerava emprego e renda para cerca de 3 mil pessoas, segundo informou a administração.

O comerciante estimou o prejuízo inicial em cerca de R$ 500 mil. Ele havia acabado de receber novos produtos no sábado (15) à tarde, quando chegou de viagem. Os produtos foram cadastrados no sistema por seus dois funcionários naquele mesmo dia. Além disso, havia aparelhos novos e para consertos.

“O prejuízo foi bastante. Ainda tem que calcular tudo, como custo da loja, os produtos… Mas calculando por cima tudo dá uns R$ 500 mil”, disse ao Olhar Direto. Casado e pai de dois filhos, a loja era a única fonte de renda de Diego. 

Ele ainda não acredita nas cenas que viu durante esta madrugada.“Hoje fiquei com a cabeça daquele jeito e não pensei como vai ser [as coisas] daqui pra frente. O shopping vai demorar a montar. Mas é muito triste! Muito triste! Ainda não caiu a ficha. Nosso ganha pão foi todo embora. Comecei sozinho e fui crescendo e crescendo, mas foi tudo embora. Agora é levantar a cabeça e correr atrás de novo”.  

Por último, o rapaz mencionou que nesse momento toda a ajuda é bem vinda e disse que espera que as autoridades se mobilizem para auxiliar os lojistas. Nesta segunda-feira, os governos municipal e estadual realizaram reuniões de emergência para discutir as primeiras medidas de socorro aos lojistas. “Tomara que ajudem a gente! Foi um ‘baque’ nervoso para todo mundo que depende daqui”.