O secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Allan Kardec, disse que a pasta não recebeu nenhum centavo durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para investimento em pesquisas e inovações em Mato Grosso.

Leia também
Briga pela primeira-secretaria da AL esfria discussão sobre vice de Botelho; pesquisa começa a ser feita para definir nome

Com isso, espera que a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja diferente e disponibilize recursos para compra de equipamentos para o Parque Tecnológico, além de levar a unidade para as cidades do interior. A intenção do governo é inaugurar o espaço em dezembro, com a participação do petista.

“Os anos que antecederam o governo Lula, nós nunca tivemos nenhum investimento na área que você perguntou especialmente no investimento para pesquisa. Não tivemos um real do governo Bolsonaro investido em Mato Grosso e ambientes de inovação. Tudo que a gente conseguiu buscar foi agora no governo Lula”, destacou.

“O nosso Parque Tecnológico não tem um centavo de recurso federal e hoje nós vamos cobrar isso inclusive para que a gente possa buscar com o Governo Federal o equipamento necessário para o nosso parque e ampliação do nosso parque que a gente quer que ele esteja no interior do Estado com pequenos espaços de inovação também interior do estado”, complementou.

Alan comentou que a unidade vai cobrir grandes deficiências no estado, como os fertilizantes. Ele explica que, numa região produtora, Mato Grosso não produz o produto e ainda depende de outros estados para impulsionar a produção de grãos.

“Daqui a pouco nós vamos ter a proibição da utilização de diesel. O que que a gente quer? A gente quer conversão dos nossos motores que estão lá no agro para biodiesel, para etanol sustentável e nós queremos produzir aqui”, contou.

Ele ainda disse que sobre a importação de sal, que é fertilizante. O secretário espera que o parque possa colaborar na construção de uma empresa para trazer o produto da Bolívia e não de países mais distantes.

“Nós temos do lado de Mato Grosso um país chamado Bolívia que produz sal, que é potássio e é fertilizante. A gente atravessa o Atlântico, atravessa o Pacífico, importa, a gente importa e aqui do ladinho, 80 quilômetros, de Cáceres nós podemos construir uma indústria mato-grossense próximo da Bolívia e produzir todos os fertilizantes para o Brasil”, comentou.