O trágico incêndio que destruiu totalmente o Shopping Popular em Cuiabá completou um mês nesta quinta-feira (15), em meio aos destroços do estabelecimento que só agora começaram a ser retirados. Em meio à incerteza e à espera de um novo local para se alojarem, lojistas têm ocupado as ruas da Avenida Carmindo de Campos para montar suas bancas.
Leia mais
Laudo sobre causa de incêndio no Shopping Popular deve ficar pronto em 40 dias
A reportagem do
Olhar Direto foi ao Shopping, no bairro Dom Aquino, nesta quinta-feira (15). Ao chegar, foi possível ver os escombros do que restou da estrutura do estabelecimento e os ambulantes com as barracas armadas vendendo suas mercadorias embaixo de lonas imprevisadas num sol de mais de 30°C.
O presidente da associação, Mizael Galvão, disse que, 30 dias após o caso, o sentimento ainda é de muita dor. Bastante emocionado, ele contou à reportagem que se lembra da madrugada do dia 15 de julho como se fosse hoje.
"Foram 30 dias muito difícil. A parte mais difícil. É um novo recomeço, é ter que ressurgir das cinzas, abrir caminho. Então pra nós [é difícil], ainda mais hoje que faz 30 dias. Não é fácil saber, como líder, que o nosso associado está trabalhando sem nenhuma estrutura, embaixo de tendas doadas por conta da solidariedade dos empresários", declarou.
"Difícil lembrar que alguns colaboradores estão em casa sem salário, isso me corrói...", acrescentou.
Mesmo com as dificuldades do dia a dia, Galvão acredita que os empresários vão sair dessa situação mais fortes e mais determinados.
O presidente anunciou que os comerciantes do local irão ficar alocados no estacionamento da antiga estrutura até a reconstrução do novo Shopping Popular. Ele garantiu que até o fim deste mês e início de setembro os comerciantes sejam transferidos para o estacionamento do estabelecimento. Segundo o gestor, ele está esperando apenas a ordem de serviço, que deve ser emitido pelo Governo do Estado. O secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, deve autorizar o início do serviço até a próxima semana.
