O secretário Estadual de Fazenda de Mato Grosso, Rogério Gallo, afirmou que o novo prefeito de Cuiabá encontrará um cenário de "terra arrasada" com relação à situação fiscal do município. De acordo com ele, essa situação forçará o novo gestor a adotar medidas de contenção para buscar o equilíbrio entre receitas e despesas das contas públicas. 

Leia também
Botelho e Lúdio trocam acusações com direito a "react" do petista; Abilio prega para convertidos com Bolsonaro e Nikolas

“Terra arrasada [cenário que o novo prefeito vai encontrar com relação às contas públicas]. O caixa da prefeitura está completamente esgotado, não tem capacidade para fazer frente às despesas que foram contraídas", disse o chefe da Sefaz ao Veja Bem MT, na última quarta-feira (4) 

Ele acrescentou ainda que existem, com certeza, despesas que estão nas "gavetas" e que só deverão ser descobertas com a chegada dos novos secretários. De acordo com Gallo, somente após essa descoberta será possível ter noção do “tamanho do buraco que Cuiabá se enfiou nesses oito anos de desmando”.

"Eu desejo muita sorte para que o próximo prefeito possa, de fato, conseguir consertar a Cuiabá. A gente precisa de muita experiência e de gente que tenha a capacidade de formar grupo e mudar o rumo das coisas tomando as medidas certas. Se não tomarem as medidas certas, em 2025 nós teremos um ciclo de 4 anos perdido. E isso será 12 anos de quase não gestão no âmbito de Cuiabá, o que será arrasador para nossa cidade", disse. 

Em dezembro de 2023, o Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT) deu parecer pela reprovação das contas do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) referentes ao ano de 2022. Segundo o TCE, o aumento da dívida consolidada líquida passou de R$ 353 milhões em 2017, início da gestão, para mais de R$ 1,2 bilhão no exercício de 2022.