O deputado estadual Carlos Avallone (PSDB) fez um alerta sobre a situação crítica dos incêndios no Pantanal. Ele destacou que o fogo está vindo de diversas regiões e se agravando com as condições climáticas.

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De acordo com o parlamentar, além dos focos dentro do estado, as chamas estão chegando de áreas de difícil acesso, como de florestas na divisa entre Mato Grosso e Bolívia e de reservas indígenas.

“Há uma atenção muito grande, região de Cáceres é um pouco diferente, porque o fogo está entrando da Bolívia e, esse fogo que entra da Bolívia, entra por uma região de muito difícil acesso, onde o ICMBio e o IBAMA, todos juntos com os bombeiros do Mato Grosso, brigadistas, estão tentando controlar também”, destacou.

Avallone também chamou a atenção para o aumento significativo dos incêndios em reservas indígenas, onde, segundo ele, o número de focos subiu em 480%.

“Aumentou muito incêndios em reservas indígenas, mais de 480% nas reservas indígenas que são de controle exclusivo do ICMBio e do IBAMA. E eles, os índios, culturalmente põe fogo e esse é um problema sério, nós temos que fazer um trabalho cultural e educação ambiental com os indígenas e não é um trabalho fácil”, frisou.

Além disso, o parlamentar mencionou relatos de proprietários rurais que têm avistado diversos focos de incêndio em assentamentos, o que agrava ainda mais a situação e dificulta o controle das chamas.

Avallone destacou a importância de melhorar a comunicação das informações sobre os focos de calor no estado. Ele comentou que, apesar de existirem milhares de focos de calor, isso não significa que todos se tornem grandes incêndios, mas que a maneira como essas informações são transmitidas pode causar desespero na população.

“Hoje há 45 incêndios acontecendo no Mato Grosso. Focos de calor não é incêndio, focos de calor podem ser 100 focos representando um incêndio. Nós estamos dando a informação, nós, as forças de segurança, o INPE está dando informação de uma forma que é mal percebida pela população e nós precisamos mudar isso, dar informação correta, existem tantos incêndios, eles são difíceis de serem controlados”, disse.