A deflagração da segunda fase da Operação Ragnatela, denominada Pubblicare, fez com que o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), adiasse o evento que autoriza o início das obras de edificação do novo Mercado Municipal Miguel Sutil, localizado na Avenida Generoso Ponce, nesta sexta-feira (20). A ação policial tem como alvo servidores municipais e seu aliado na Câmara de Vereadores, Paulo Henrique (MDB), que foi preso. Ele, inclusive, ocupou durante um ano a posição de líder do prefeito no Legislativo, onde fez defesa e articulou a aprovação de matérias, além de “enterrar” os pedidos de abertura de comissão processante contra Emanuel. Para fugir de ser questionado sobre o tema, Emanuel jogou o evento para a próxima segunda-feira (23), quando assunto estiver “mais esclarecido”, no entanto, o emedebista sabe que não vai ter como fugir das perguntas sobre o tema. Para evitar mais “desgaste”, ele pode colocar seu vice José Roberto Stopa (PV) para responder sobre o assunto. A Operação Pubblicare é desmembramento da Operação Ragnatela, deflagrada em junho deste ano, quando a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (FICCO-MT) desarticulou um grupo criminoso que teria adquirido uma casa noturna em Cuiabá pelo valor de R$ 800 mil, pagos em espécie, com o lucro auferido por meio de atividades ilícitas. A partir de então, o grupo passou a realizar shows de MCs nacionalmente conhecidos, custeados pela facção criminosa em conjunto com um grupo de promoters.