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Quarta-feira, 26 de junho de 2024

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Estelionatos, homicídios e outros

“Cadeias estão servindo de abrigo para o crime”, afirma delegado após desmantelar grupo chefiado de presídio

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

“Cadeias estão servindo de abrigo para o crime”, afirma delegado após desmantelar grupo chefiado de presídio
O delegado Adil Pinheiro, responsável por coordenar a ‘Operação Tentáculos’, deflagrada nesta terça-feira (09) para prender 58 integrantes de uma organização criminosa responsável pelo cometimento de homicídios, estelionatos, roubos e outros delitos, afirmou que as cadeias estão servindo de abrigo para o crime. O grupo era comandado de dentro de unidades prisionais do Estado, onde criminosos também tiveram mandados cumpridos. A entrada de celulares é vista como o principal problema.


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“As investigações dessa operação iniciaram há cerca de um ano. A Polícia Civil começou a monitorar integrantes da organização criminosa que atua no Médio-Norte do Estado. As investigações evoluíram e identificamos que a chefia dessa organização parte de dentro das cadeias. A operação então passou a focar nos líderes da organização nas principais cadeias do estado, Várzea Grande, Cuiabá, Rondonópolis, Campo Novo dos Parecis e Tangará da Serra”, explicou o delegado.
 
As lideranças, mesmo cerceadas de liberdade, mantêm contato com comparsas e familiares para passarem ordens, deixando claro que sentem-se impunes, protegidos sobre as grades das cadeias, de onde não deveriam ter contato com crimes, seja internamente ou externamente.
 
O delegado Adil Pinheiro de Paula ressalta que o enfrentamento às organizações criminosas pelas forças de Segurança Pública tem sido dificultado pelo acesso do lideres a celulares dentro das principais unidades prisionais do Estado.
 
“O que a polícia pode fazer é prender o criminoso, mas dentro da cadeia ele continua a cometer crimes, e pior, de forma potencializada. Infelizmente essa operação mostra que parte das cadeias do estado está servindo de abrigo ao cometimento de crimes”, finaliza.
 
Com presença forte no tráfico de drogas, roubos, e homicídios, também foi identificado que a organização criminosa praticava muitos estelionatos  em modalidades diversas, como golpes contra familiares de pacientes internados em hospitais, principalmente, no Estado de São Paulo.
 
O dinheiro dos golpes sempre cai em conta de aliados, que sacam ou transferem os valores, pulverizando de forma rápida a deixar prejuízo às vítimas, antes mesmo que elas consigam procurar a polícia.
 
Modalidades distintas de arrecadação financeira também foram confirmadas, como o pagamento de mensalidades dos membros da organização e mensalidades de pontos de tráfico, as chamadas biqueiras/boca de fumo/lojinhas, entre outras formas.
 
O inquérito da operação “Tentáculos” foi instaurado na Delegacia de Tangará da Serra e será remetido em 30 dias a 7ª Vara Criminal de Cuiabá.
 
Tentáculos
 
A operação denominada “Tentáculos” é coordenada pelo Núcleo de Inteligência da Delegacia da Polícia Civil de Tangará da Serra (239 a Médio-Norte), e desenvolvida em seis municípios de Mato Grosso (Campo Novo dos Parecis, Tangará da Serra, Barra dos Bugres, Cuiabá, Rondonópolis e Juína), além de  mandados cumpridos dentro das duas principais unidades prisionais de Mato Grosso, a Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, e a Penitenciária Major Eldo Sá (Mata Grande), em Rondonópolis.
 
Os mandados de prisão foram expedidos contra 18 criminosos já presos em unidades dos municípios de Campo Novo, Tangará da Serra, Barra do Bugres, Cuiabá, Rondonópolis, e 40 integrantes da organização que estão soltos atuando no cometimento de crimes, totalizando 58 alvos. Somente na cidade de Campo Novo dos Parecis são 36 alvos.  
 
Os mandados são da Sétima Vara do Crime Organizado de Cuiabá. O delegado Adil Pinheiro de Paula, que coordena a operação, informou que a operação é a 5ª fase de uma investigação desenvolvida ao longo de 4 anos e essa última etapa foi decorrente do acompanhado investigativo e de inteligência (núcleo de Tangará da Serra) há um ano.
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