Filha do empresário Carlos Daly Dalcol Trevisan, 86 anos, proprietário da lagoa Trevisan, registrou um boletim de ocorrência denunciando a madrasta, Jakelyne Thays de Oliveira, 30 anos, por um suposto incêndio criminoso na chácara. No entanto, familiares procuraram o Olhar Direto para rebater a mulher, Amanda Trevisan, e afirmam que Jakelyne estava dormindo sob efeitos de remédio, quando o incidente ocorreu, e ficou com queimaduras de terceiro grau em 70% do corpo.
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No boletim de ocorrência, Amanda afirma que o pai a contatou, falando sobre um suposto desentendimento com Jakelyne na quinta-feira (25), e que a esposa teria ateado fogo na chácara por conta disso, na manhã do dia seguinte. A motivação teria sido uma crise de ciúmes.
O Corpo de Bombeiros foi acionado e extinguiu o incêndio. Amanda afirma no boletim que um galão de óleo diesel foi encontrado no local e teria sido a causa do incêndio.
A filha afirmou ainda que o pai estava sendo maltratado pela mulher, e ela temia pela vida do genitor. Como o homem tem uma filha de 10 anos com Jakelyne, Amanda acredita ser essa a razão para manter o relacionamento, pois a criança “é tudo para ele”.
Segundo a filha, Carlos Trevisan ainda teria sérios problemas de saúde, por isso, não restou outro alterativa além dela registrar o fato. Todas as informações prestadas na ocorrência são de inteira responsabilidade da declarante, podendo responder cível e criminalmente.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
Outro lado
A família de Jakelyne protesta contra a versão apresentada por Amanda. A amiga de longa data da mulher, Steffany Araújo, disse que ela estava por uma fase turbulenta e fazendo tratamento psiquiátrico, portanto, tomava remédios para dormir, e no dia do incêndio, sexta-feira (26), havia ido para a chácara, com o objetivo de descansar.
“Na sexta-feira, ela estava dopada de medicação, e foi até a lagoa para poder descansar, e no tempo que ela estava lá dormindo, descansando, nós não sabemos ainda ao certo o que aconteceu, se foi o ar condicionado ou se foi o celular dela que explodiu. Só sei que a casa pegou fogo e ela ficou com 70% do corpo queimado, com queimadura de terceiro grau. Os filhos do Carlos estão contando mentiras sobre ela, falando que ela ateou fogo por birra”, disse Steffany.
“Ela é casada com seu Carlos há mais de 11 anos. Ela administra a lagoa Trevisan e o posto. Os filhos dele já fizeram até um processo para interditar o Carlos, como se ele não tivesse ciências para cuidar do dinheiro. É uma guerra entre os filhos contra ele e a Jakelyne por conta de dinheiro. Eles criaram uma holding e não incluíram a filha dela. Já interditaram o Carlos, e ele teve que fazer exame de demência por conta dessa situação”, completou.
A amiga ainda argumenta como uma pessoa que ficou com o corpo todo queimado poderia colocar fogo de propósito. Jakelyne está internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
O irmão da vítima também reforçou que Jakelyne havia ido para a chácara descansar, enquanto Carlos e a filha do casal ficaram no apartamento, junto com a sogra. Jefferson Diego conta ainda que um funcionário chegou na chácara e se deparou com a casa pegando fogo.
“Ela estava caída lá quando o funcionário chegou. Acho que tomou medicação para dormir e apagou. Ela ficou meio sonolenta. Acho que alguma coisa da fiação, ou carregador do celular ou ar condicionado, algo começou o incêndio e lá está cheio de móveis velhos de madeira. E a fiação é antiga também. Ela queimou 70% do corpo, com queimaduras de terceiro grau, ela não estava consciente de nada, ela estava grogue dos calmantes que ela tomou para dormir. Se tiver galão de diesel lá, é porque tem trator e fica tudo em um quarto nos fundos”, disse.
