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assistencialismo do crime

Facção criminosa doa cestas básicas e financia futebol amador para 'entrar' em bairros e coaptar população carente

26 Jun 2024 - 10:52

Da Redação - Amanda Divina/ Do local - Luís Vinicius

Foto: Reprodução

Facção criminosa doa cestas básicas e financia futebol amador para 'entrar' em bairros e coaptar população carente
O delegado titular da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Gustavo Belão, afirmou que os integrantes de uma facção criminosa usavam cestas básicas para conseguir "coaptar" pessoas mais carentes para atuarem no tráfico de drogas. Até o momento, 19 pessoas foram presas no âmbito da operação Assintonia.


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Utilizando estratégias de uma política assistencialista usada pelo crime organizado, o grupo criminoso investe na organização de festas, financiamento de times de futebol amador e distribuição de cestas básicas. 

Com a técnica, o grupo criminoso busca cooptar o cidadão, que em troca dos benefícios fica a mercê do crime organizado, deixando de denunciar crimes e não colaborando com as investigações. 

"Pelo menos 30 cestas básicas foram apreendidas na casa de um dos alvos mais uma vez corroborando com as investigações da GCCO. Esse assistencialismo que a organização criminosa tenta exercer tentando se aproximar da sociedade, da população mais carente desvirtuando a sua intenção que é ingressar nesses bairros e ali ter campo aberto para praticar o tráfico de drogas e coaptar esse cidadão mais carente para ser realmente um traficante ali na região", disse o delegado.



Ainda conforme o delegado, 19 pessoas foram presas até o momento e três estão sendo procuradas. Estão sendo cumpridos mandados nas cidades de Cuiabá, Tapurah, Itanhangá, Porto dos Gaúchos, Boa Esperança, e Quintana (SP).

Durante as investigações foram colhidas diversos elementos de prova relacionados à comercialização de entorpecentes e armas de fogo (pistolas, carabinas, revólveres e um fuzil), munições e explosivos, coordenadas pelo líder do grupo e seus comparsas. 

As investigações apontam que aquisições das armas de fogo não são apenas para revenda/comércio, mas para o cometimento de crimes, como assaltos e assassinatos de integrantes de facções rivais, bem como a agentes de segurança pública.

Entre os alvos da operação está um dos principais líderes de uma facção criminosa na região médio-norte do estado e que atualmente está detido na Penitenciária Central do Estado (PCE), possuindo extensa ficha criminal por atuação com comércio de drogas e armas de fogo, além de ordenar roubos e assassinatos em série. 

As ordens para a prática de roubos e homicídios, assim como a negociação das armas de fogo, ocorrem de dentro do presídio, por meio de mensagens e ligações de celulares. O investigado possui  grande influência no mundo do crime e na liderança exercida sobre os “soldados da sua tropa”, que atuam especialmente nas cidades de Tapurah, Itanhangá, Ipiranga do Norte e Sorriso.
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