O deputado federal Neri Geller (PP), pré-candidato ao Senado Federal, afirmou que lideranças nacionais de seu partido, como o presidente da Câmara de Deputados Arthur Lira e o ministro da Casa Civil Ciro Nogueira, devem se reunir com o presidente Jair Bolsonaro (PL) para tentar angariar apoio à candidatura de Neri ao Senado. O partido do presidente, PL, tem candidato próprio, o senador Wellington Fagundes, que vai à reeleição.

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Segundo Neri, já nesta quarta-feira (6) ele irá se reunir com Ciro Nogueira para tratar de eleição. “O Partido Progressista é hoje o partido mais forte da sustentação [do presidente]. Então no momento certo a gente vai discutir, eu não quero criar desgaste. Então as coisas... deixem elas acontecer. Calma que as coisas vão acontecer”, afirmou o deputado na manhã desta segunda-feira (4).

Neri fez críticas ao PL, partido de seu adversário, e elogiou o PP, afirmando que a sigla cresceu em quantidade de lideranças filiadas, e que é um partido orgânico, que trabalha junto e se ajuda. "Vocês sabem que não é a mesma linha do PL, ela acabou, muita gente indo para o partido, que acaba saindo e tal, o PP não, o partido do PP é um partido coeso, que tem força no Congresso Nacional, que tem a presidência da Câmara, que tem a liderança do governo, que tem a Casa Civil. Por que? Porque eles são parlamentares que a gente trabalha junto, a gente tem uma filosofia de trabalho de se ajudar. Porque os nossos projetos andam? Porque o partido é orgânico, bem articulado e sabe trabalhar no Congresso Nacional”, afirmou.

Relação com Mauro

O deputado fez questão de lembrar, também, de sua boa relação com o governador Mauro Mendes (UNIÃO), afirmou que atendeu a pedidos do gestor, enquanto parlamentar, e citou ainda uma reunião que teve com Mendes na última sexta-feira, que classificou como “muito boa”.

“Mauro me liga meia noite, uma hora, vai lá em Brasília, fica comigo, me delega as coisas... Me orientou, pediu pra mim, por exemplo, ficar na relatoria na questão do licenciamento - e politicamente teria sido muito melhor se eu tivesse sido relator da regularização fundiária, porque não vai mais lá na ponta, não daria tanto desgaste - o Mauro me ligou, falou: ‘Não, Neri, nós temos que pegar isso aqui, porque ele é importante pra economia do estado, porque vai destravar obra de infraestrutura, você tem que pegar esse’. Eu saí da relatoria que eu estava, que politicamente era melhor e fui pra uma outra, espinhosa, que teve desgaste político, porque Mauro me pediu. A questão da ferrovia aqui tem algumas coisas que que não saiu pra fora, mas eu pulei na frente, eu fui para cima, eu defendi a questão, então eu tenho um vínculo com o governador Mauro Mendes próximo mesmo, não estou fazendo média”, argumentou.

Para Neri, é “claro” que seu provável adversário, Wellington Fagundes, não esteve ao lado do governador neste tempo como ele esteve. Os dois pré-candidatos têm tentado conquistar o apoio de Mauro na corrida pelo Senado, mas, por enquanto, Mendes ainda não declarou sua decisão. Geller, no entanto, não parece preocupado. “Calma, uma coisa de cada vez. Nós temos quatro meses ainda. Nós estamos preparados, vocês sabem que nós temos a base forte, que as coisas por si só vão acontecer”.