O secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, recebeu sinal verde do governador Mauro Mendes (União) para dar início ao processo de realização do concurso público na Pasta. À princípio, serão 400 vagas para cargos em áreas estratégicas, como médicos especialistas e coordenadores de programas da saúde de Mato Grosso. Além disso, de acordo com o gestor, também haverá formação de cadastro reserva.

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O concurso público é uma medida esperada há muito tempo, já que o último certame realizado na SES ocorreu há mais de 20 anos. Segundo Gilberto, a realização do processo vem sendo estudada desde o início do mandato do governador, em 2019.

“Desde o início do mandato existia a vontade e a predisposição para a realização do concurso. Aí veio a pandemia e período eleitoral. Essa demanda e levantamento já estava junto à Seplag e ao gabinete do governador. Ontem, em despacho no gabinete, recebi o sinal verde do governador, autorizando a realização do concurso na área da saúde”, declarou, nesta terça-feira (28).

“Agora já demos encaminhamento para a contratação de uma empresa que fará o concurso, que deve atrair grande número de interessados, por conta da remuneração que a SES tem. Queremos que seja um grande concurso, para que consigamos reforçar nosso time na Pasta”, completou.

O secretário ressaltou que irá cumprir os prazos regulamentares, que começa com a contratação de uma empresa especializada para a realização do certame. A expectativa é de que já em março o Estado lance o concurso. “É um concurso que deve ter muita procura e vamos procurar uma empresa que tenha notória especialização. A minha vontade é que seja o mais rápido possível, estou agendando hoje uma reunião com o secretário de Planejamento e Gestão segue sendo Basílio Bezerra, já que é a Seplag a coordenadora geral do recurso humano do Estado”.

Conbrança de sindicato

O anúncio do secretário ocorreu um dia após o procurador-geral de Justiça, Deosdete Cruz Junior, receber a diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde do Estado de Mato Grosso (Sisma), que manifestou preocupação com a carência de profissionais concursados na área de saúde do Estado, e o não cumprimento de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) pelo governo estadual relacionado à realização de concurso público. O sindicato entregou uma série de documentos, que, por orientação do procurador-geral, foram protocolados.

Segundo a presidente do sindicato, Carmem Campos Machado, em 2019 o Governo do Estado firmou um TAC se comprometendo a realizar concurso público, que se exauriu em 2021 sem ter sido cumprido. “O último concurso foi realizado há 22 anos e hoje temos muita carência de profissionais concursados. O governo contrata profissionais temporários que, pela duração do contrato de trabalho, nem chegam a ser qualificados”, relatou a presidente, acrescentando que o governo está criando embaraços para a plena atuação do sindicato.