O governador Mauro Mendes (UNIÃO) comentou pela primeira vez nesta quinta-feira (15) sobre a decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) que prorrogou a intervenção na Saúde de Cuiabá por 6 meses - até 31 de dezembro de 2023. Na avaliação de Mendes, a decisão tem como meta promover mudanças na “dura realidade da saúde” da capital que, segundo ele citou, vem sofrendo com denúncias de escândalos e casos de corrupção.

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“[É] uma saúde que ao longo de seis anos passou por diversos escândalos, prisões, afastamentos, operações. Ao invés de operar o cidadão, nós vimos operações policiais na saúde”, disse. “E aí estava o começo do caos. E quem pagava essa conta era o cidadão, que não tinha remédio, que não tinha cirurgia, as estruturas sendo sucateadas. Nós estamos gradativamente, embora com pouquíssimo tempo, mudando e procurando ajudar a iniciar um processo de mudança dessa realidade”. 

Como já revelou o Olhar Direto, a gestão do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) acumula, ao menos até abril deste ano, 15 operações policiais entre prefeitura e secretarias. Seis delas estão ligadas a investigações na pasta da Saúde, conforme apontam as investigações das autoridades. 

Ainda sobre a decisão da Justiça, Mendes afirmou que onde está presente a honestidade e competência, os resultados aparecem.  

“Como diz a própria decisão, coube a mim escolher uma equipe técnica, pessoas que têm conhecimento e que já estão, nesses 90 dias passados, apresentando resultados diferentes e muito melhores. Nós precisamos ser mais eficientes, lá nós estamos tentando cumprir o orçamento da própria prefeitura e dentro desse orçamento que não temos todos os recursos, mas muita coisa melhor e diferente foi feita”, comentou. “Eu acho que é uma decisão que busca mudar a dura realidade da saúde”.

O governador esteve presente na manhã desta quinta na VI Jornada de Saúde, realizada em Cuiabá. O evento é realizado pelo Comitê Estadual de Saúde do Poder Judiciário de Mato Grosso, em parceria com o Comitê Organizador do Fórum Nacional para a Saúde (Fonajus) do Poder Judiciário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A cerimônia de encerramento acontece nesta sexta (16).