O presidente da Assembleia Legislativo de Mato Grosso, deputado Eduardo Botelho (UNIÃO) pediu que haja consenso para que as obras do Ônibus de Trânsito Rápido (BRT) sejam autorizadas a iniciar em Cuiabá. Na última semana, a prefeitura de Cuiabá afirmou, em nota, que analisou a documentação referente ao modal BRT e constatou a inexistência de projetos básico e executivo.

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Em Cuiabá, as obras do BRT estavam programadas para iniciar em outubro. Porém, a Sinfra agora posterga esse prazo para janeiro. O governador Mauro Mendes (UNIÃO) explicou que o atraso se deve ao atraso no cronograma da empresa responsável pela execução das obras.

Em entrevista no sábado (16), na inauguração da praça de Chapada, Botelho apelou para que haja bom senso da Capital. Ele afirmou que se o modal for implantado somente em Várzea Grande, onde as obras já começaram, vai ficar inviável e será prejudicial à população. 

“Essa questão já está resolvida. O prefeito de Cuiabá tem que facilitar para que a obra seja continuada. É uma questão de mobilidade urbana, tanto do aglomerado Cuiabá e Várzea Grande, que está em jogo. Se não fizer em Cuiabá, prejudica o que vai ser feito em Várzea Grande. Então, eu faço esse apelo para que haja um consenso e para nós acelerarmos esse processo”, disse. 

“Tem que terminar em Cuiabá, porque se fizer só do lado de Várzea Grande, ele vai ficar um negócio ruim que não vai levar nada a lugar nenhum”. 

No momento, as obras do modal na cidade vizinha são realizadas na Avenida da FEB. O cronograma, que antes estava previsto para acabar as obras na FEB em setembro, agora ganhou uma nova data para ser finalizado: apenas em agosto de 2024.

Desde o início das obras na FEB, comerciantes, empresários e motoristas que trafegam pela via têm relatado dores de cabeça, desde a piora no trânsito, até possíveis prejuízos em seus respectivos comércios. 

Ao ser questionado sobre os problemas apontados, o deputado Botelho disse que dores de cabeça em obras de mobilidade são inevitáveis. Para ilustrar sua fala, ele fez uma analogia com um carro e um avião em movimento. 

“É aquela história, você tem que consertar o avião com ele voando. Então atrasa e por isso surgem problemas. É o carro andando em movimento, tudo sem poder parar. Então tem esse problema, mas eu acredito que se todo mundo ajudar, ano que vem termina [a obra do BRT]”.