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PRESIDENTE DA AMM

Léo Bortolin crítica Moratória da Soja e vê movimento como estratégia para domínio de mercado de exportação

29 Mai 2024 - 15:27

Da Redação - Rodrigo Costa / Do Local - Max Aguiar

Foto: Wenderson Araujo/CNA

Léo Bortolin crítica Moratória da Soja e vê movimento como estratégia para domínio de mercado de exportação
O presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Léo Bortolin, voltou a fazer críticas às intenções de grandes empresas por trás da Moratória da Soja, iniciativa de empresas vinculadas à Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e à Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) de não adquirirem soja ou financiarem safras cultivadas em áreas desmatadas, após julho de 2008, no Bioma Amazônia. 


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Segundo ele, a iniciativa, liderada por algumas entidades, tem como mote a desculpa de uma suposta preocupação e compromisso ambiental, mas, na verdade, busca concentrar o poder de exportação da oleaginosa nas mãos de um grupo seleto de empresas.

"O principal de tudo isso é colocar que de pauta ambiental, na verdade, não tem nada porque a Abiove, Anec, que são entidades signatárias deste tratado, está sobrepondo a legislação brasileira, defendem que nessas áreas podem ser plantadas outras culturas, como milho, entre outras culturas. E por que não soja? Então o que a gente vê realmente é uma estratégia para que se tenha domínio no mercado da soja exportada. É só ver que 95% do volume da exportação da soja brasileira passa por essas empresas que são signatárias do tratado.

A declaração foi dada durante participação do seminário do Impacto das Moratórias da Soja e da Carne nas Desigualdades Regionais, promovido pelo TCE em parceria com a Aprosoja, nesta terça-feira.  

Segundo Bortolin, a moratória significa uma estagnação e recessão econômica para municípios que têm a predominância de toda a sua extensão dentro do bioma Amazônia. Ele afirma que 100% das cidades podem ter seus territórios impedidos de produzir a oleaginosa.  

“Imagine só quantos municípios hoje do estado que migram da Pecuária pela Lavoura e que estão dentro de cidades onde a predominância do bioma é da Amazônia e que infelizmente hoje se vêem impedidos de fazer originação de soja em áreas abertas, mesmo que legalmente depois do advento da legislação ambiental de 2008”.

Bortolin afirmou ainda que pode haver um efeito cascata prejudicial aos municípios que, segundo ele, podem deixar de faturar; o produtor vai deixar de vender; o capital circulante do comércio com; dinheiro do dia a dia do comércio diminui; e 30% em média dos tributos serão reduzidos. “Atinge indiretamente toda a grade da sociedade”.  “Nada mais é do que uma estratégia para que se tenha um controle e o domínio do mercado da exportação da soja brasileira na mão de poucas empresas”.
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