O secretário de estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), Marcelo de Oliveira, detonou as empresas de outros estados que entram em processos de licitação, mas não tem dinheiro para execução das obras. Ele participou de uma reunião na Comissão de Infraestrutura Urbana e Transporte da Assembleia Legislativa, na manhã desta terça-feira (2), para dar explicações sobre o andamento de projetos que estão sendo executados no estado.

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Em um determinado momento do encontro, Marcelo pediu que desligassem seu microfone para explicar, em seu linguajar, o que estava acontecendo. Ele disse que só sabe quem são os participantes da licitação no momento em que encerra os lances. Por terem “fama” negativa, o secretário comentou que algumas só participam para atrapalhar e não cumprem os contratos.

“Nós estamos vinculados ao Ministério do Planejamento, abre, aí vê as empresas que estão dando os lances, na hora que você vê as empresas [coloca as mães na testa]. O que atrapalha? Atrapalha, governo, principalmente, falo para as pessoas, falo para o pessoal, vocês estão... agora vou falar no meu linguajar, está ao vivo? Isso que é duro. [Deputado Wilson sugere que o secretário desligue o microfone], é uma putaria mesmo”, enfatizou.

Ele ressaltou que quando o governo coloca uma obra em licitação é porque precisa desse projeto, e não fazem os pedidos de forma política. No entanto, as empresas que vencem o processo não têm condições de executar a obra, o que atrasa em mais de um ano para conclusão de ponte ou asfalto.

“Quantos e quantos anos o prefeito lá do Vale São Domingos está pedindo aquela ligação de máquina queimada com a BR-070. Quantos e quantos anos? Chega uma praga de uma empresa lá de não sei de onde aparece, dá uns preços, não tem condições de mobilizar, não tem condições de fazer a obra, vem pra cá encher o saco”, frisou.

“Você multa, arrebenta, o cara vai embora, mas deixou o quê? Um ano e meio de atraso se não for mais, que se tivesse pronto, na época que foi feita a licitação de São Domingos, a máquina queimada, fizemos no segundo ano do governo Mauro, estamos no quinto ano do governo não conseguimos interligar a máquina queimada com a BR por causa dessa praga”, complementou.

Para evitar que situações destas se repitam, Marcelo explicou que o governo tem pago as empresas conforme o avançar das obras. Ele comenta que a maioria alega que a demora ocorre por causa da falta de máquinas e de mão de obra.

“Não adianta vir descapitalizado, ganhar uma licitação, a primeira coisa que peço é a medição de canteiro de obra, se você não tem dinheiro para montar seu canteiro de obra, o que você vem encher o saco aqui? As empresas já sabem o modo de trabalhar da Sinfra, as empresas daqui já sabem, pega concorrência, não tem mobilização em canteiro de obra. Eu só meço serviço executado, como a medição é canteiro de obra e administração de local, conforme execução eu vou pagando conforme a execução”, comentou.

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