O secretário de Saúde de Mato Grosso, Gilberto Figueiredo, defendeu que a flexibilização de serviços essenciais sejam para atividades de fato ligadas à  preservação da vida. Isso reforça que o gestor é contra as últimas medidas adotadas pelo presidente Jair Bolsonaro, que incluiu salões de beleza, barbearias e academias de ginásticas na lista de serviços essenciais. 

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"Pra mim, trabalho essencial é aquilo que é para a preservação da vida. Farmácia, serviços de locomoção dos profissionais de saúde, supermercados, postos. Não se pode dizer que uma atividade de embelezamento é essencial. Pra mim não é essencial. Cada vez que se flexibiliza mais, mais casos aumentam. O Covid-19 não é brincadeira", disse o secretário. 

Apesar de o presidente ter liberado a flexibilização desses três segmentos, a decisão para abertura é dos prefeitos, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Um dos exemplos é Cuiabá, em que shopping, restaurante, academias e parques estão fechados. 

Gilberto sabe que a situação da economia conta muito nesse momento, mas é necessário que as decisões precisam ter um pouco de cuidado. O secretário ainda explica que Mato Grosso está com um dos piores índices de isolamento, devido a flexibilização e reabertura do comércio. 

"Nós somos o penúltimo estado do país em número de casos. Isso foi permitido por causa do comportamento tomado até aqui. Mas não podemos abrir tudo para começar a sair de casa e voltar tudo ao normal. Senão teremos mais atendimentos em nossas unidades de saúde e um possível super lotação", disse o secretário. 

Novas infecções

O secretário de Saúde disse que não tem como saber os locais diretos onde estão com funcionários públicos infectados. Ele ficou sabendo de alguns casos que deram positivo da Assembleia Legislativa, mas confirmou outros órgãos onde possuem infectados com a Covid-19. 

"Sabemos que tem no Lacen e na Secretaria de Saúde tem infectados. Um funcionário público está internado e os outros em isolamento social. Fiquei sabendo da Assembleia, mas é necessário que se faça um isolamento maior e é necessário analisar todos os casos e frisar que quanto mais flexível estiver o comércio e as pessoas estiverem facilitando, mais casos serão computados", concluiu.