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Quarta-feira, 26 de junho de 2024

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Não poupou críticas

Mauro afirma que troca pelo BRT é correção de erro histórico de “obra que se tornou vergonha para o Brasil”

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Mauro afirma que troca pelo BRT é correção de erro histórico de “obra que se tornou vergonha para o Brasil”
O governador Mauro Mendes (DEM) não poupou críticas à decisão do ex-governador Silval Barbosa em ter decidido, antes da Copa do Mundo de 2014, por construir o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) ao invés do Bus Rapid Transit (BRT). Agora, com a troca do modal decidida e anunciada na segunda-feira (21), o chefe do Palácio Paiaguás diz que está sendo corrigido um erro histórico da obra “que se tornou uma vergonha para o Brasil”.


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Conforme os estudos, o traçado do VLT é inflexível, já que as zonas com maior atração de viagens estão a mais de 400 metros dos eixos, “especialmente as áreas centrais de Cuiabá e Várzea Grande”.
 
Dessa forma, para o governador, a troca do modal é a “correção de um erro histórico” por parte do Governo do Estado, “que pecou no planejamento e faz a sociedade como um todo pagar por um financiamento sem a entrega da política pública”.
 
“A correção desse erro, mediante a substituição do modal, trará para a população das duas cidades, em menor tempo, uma solução digna de transporte coletivo, com mais conforto (piso rebaixado), baixo ruído (movido a eletricidade), maior velocidade (ganho de velocidade comercial em função das linhas expressas operando simultaneamente com as linhas paradoxas, por meio das faixas de ultrapassagem, gerando ganho de tempo aos usuários) e menos oneroso ao cidadão (modicidade tarifária) e para o Estado (menos investimentos para conclusão)”, ressaltou.
 
Mauro Mendes reforçou que essa solução permitirá “a conclusão de uma obra que se tornou uma vergonha para o Brasil, retrato do improviso, da falta de planejamento e da improbidade”.
 
“É preciso retornar à solução que, verdadeiramente, funcionará em Cuiabá e Várzea Grande, com os ganhos tecnológicos que atualmente se tem, como são os ônibus movidos a eletricidade fabricados em nosso país. O que era inviável (VLT) não se tornou viável com o passar dos anos. Ao contrário, variáveis como o espraiamento e a diminuição de passageiros nos eixos do VLT, o tornaram ainda mais insustentável, reclamando uma decisão por um modal que seja mais flexível, menos oneroso e tão confortável quanto ele, no caso, o BRT movido a eletricidade”, completou.

BRT cuiabano

O governador Mauro Mendes (DEM) anunciou na tarde desta segunda-feira (21) o fim do sonho da implantação do Veículo Leve sob Trilhos (VLT) em Cuiabá e já deu detalhes do novo modal que pretende instalar no lugar: o Bus Rapid Transit (BRT).

Durante a entrevista coletiva, o governador comparou o VLT e o BRT, deixando claro as diferenças entre os dois. A primeira delas seria a tarifa, com a do primeiro custando R$ 5,28 e a do segundo R$ 3,04.
 
Além disto, o custo total para concluir a obra do VLT seria de R$ 763 milhões de reais, com o edital de licitação dos trabalhos sendo aguardada apenas para junho de 2022. Com a decisão tomada de mudar para o BRT, o Executivo desembolsará R$ 430 milhões, isso já incluindo a aquisição de 54 ônibus elétricos.
 
O tempo para a implantação do BRT está estimado pelo governo em 24 meses, a partir da assinatura da ordem de serviço. Já o VLT demoraria 48 meses, incluindo-se a preparação da Parceria Público-Privada (PPP).
 
Mauro Mendes também levou em conta o menor risco para a implantação do BRT, em detrimento do VLT e apontou que o conflito regulatório entre os municípios, o Estado e entre os operadores é baixo.
 
Outro fator levado em conta é o de que uma possível ampliação do BRT seria muito mais fácil de se fazer do que a do VLT. Ao todo, são 54 veículos do primeiro modal (incluindo quatro reservas) contra 29 do segundo (com três reservas).
 
A capacidade do transporte de passageiros também foi destacada na apresentação, com o BRT podendo levar até 155.181 pessoas a uma velocidade de 25,02 km/h, contra 118.185 do VLT, que tem velocidade de 21,30 km/h.
 
Mauro Mendes ainda levou em conta o número de integrações para o passageiro; impacto no trânsito; compartilhamento da infraestrutura pelos demais ônibus e também por veículos de segurança e saúde; impacto visual; possibilidade da criação de um parque linear e de uma ciclovia na avenida do CPA.
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