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Domingo, 28 de julho de 2024

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Fila do ossinho: 72% das famílias são chefiadas por mulheres e 38% ganham até um salário mínimo

Foto: Fabiana Mendes/Olhar Direto

Fila do ossinho: 72% das famílias são chefiadas por mulheres e 38% ganham até um salário mínimo
Levantamento feito pela Secretaria Municipal de Assistência Social, Direitos Humanos e da Pessoa com Deficiência realizou no período de 8 a 11 de agosto, com famílias cadastradas na ‘fila do ossinho’, formada em frente ao Atacadão da Carne, localizado na região do CPA II, em Cuiabá, mostra que 72% delas são chefiadas por mulheres e 38% ganham apenas um salário mínimo.


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Prefeitura cadastra 83 famílias que estavam na 'fila do ossinho' para receber cestas básicas e caixas de leite
 
O trabalho desenvolvido possibilitou traçar o perfil dos responsáveis familiares (102 famílias), sendo a maioria representada por mulheres, 71,5% e apenas 28,5% por homens.
 
Quanto à distribuição da faixa etária, ficou da seguinte forma: 41 e 50 anos (25,40%), 51 a 60 anos (20,50%), de 41 a 50 anos (20,50%), 31 a 40 anos (14,70%), de 18 a 30 anos (13,70%) e 4,90% não informaram a idade.
 
Quanto ao recebimento de Benefícios (Assistencial ou Previdenciário), 34,30% já recebem o Bolsa Família e/ou Auxílio Emergencial; outros 13,70% estão inclusos para o recebimento do Benefício de Prestação Continuidade (idosos e PCD’s); 10% já são aposentados e apenas 0,90% recebem auxílio doença do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).
 
A faixa salarial de um salário mínimo (R$1.100,00) compreende 38,20% dos entrevistados; 44,10% recebem de 01 a 02 salários mínimos (até R$ 2.200,00); 4,90% recebem acima de dois salários (a partir de R$ 2.201,000) e 12,7% não informaram.
 
Mais da metade dessas pessoas que foram cadastradas são conviventes (51,90%); 22,50% solteiros e os demais são: casados (7,80%), divorciados (6,80%), separados (4,90%), viúvos (2,90%) e o mesmo percentual são de pessoas que não quiseram informar o estado civil.
 
Das 102 famílias que estavam na fila do ossinho, 83 se enquadraram nos critérios para recebimento mensal do Benefício Eventual, composto por cestas básicas e caixas de leite, cuja entrega já foi iniciada.
 
As famílias passam a ser acompanhadas pelas equipes pelo período inicial de três meses e já foram referenciadas para unidades dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) das respectivas regiões onde residem.
 
Fila dos ossinhos
 
Afetadas pela alta no preço dos alimentos e pelo desemprego, muitas famílias de Cuiabá encontraram esperança de comida na mesa em ossinhos de carne distribuídos por um açougue localizado no bairro CPA II.
 
Mãe de sete filhos e moradora do bairro Planalto, Mara Siqueira sai de casa por volta das 6h e vai andando até o açougue, onde distribuição das sobras da desossa dos bois começa as 11h.
 
Já Zilda Pereira da Silva, de 63 anos, do bairro 1º de Março, vê nos ossinhos uma maneira de melhorar sua saúde através da alimentação. Ela, recém-recuperada da Covid-19, conta que tem medo que um dia não tenha comida na panela e afirma não ter condições de comprar carne em um açougue.  (veja a reportagem completa AQUI)

 

Dados
 
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Mato Grosso teve 180 mil pessoas desempregados no primeiro trimestre de 2021.
 
Paralelo a isso, o botijão de gás no Estado custa cerca de R$ 125 e é o mais caro do país.
 
Em Cuiabá, a cesta básica sai por R$ 594,99, se tornando a segunda mais cara do Brasil. A capital mato-grossense fica atrás somente da cidade de São Paulo, onde o valor é de R$ 595,87, conforme Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
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