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Sábado, 27 de julho de 2024

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Agentes penitenciários encerram greve em troca de suspensão de multas e cortes

Foto: Assessoria Sindspen-MT

Agentes penitenciários encerram greve em troca de suspensão de multas e cortes
Integrantes do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindspen-MT) decidiram nesta sexta-feira (11) suspender a greve deflagrada em dezembro do ano passado. A decisão foi tomada após reunião realizada com a cúpula do executivo mato-grossense, na qual  sindicalistas concordaram em desistir do movimento grevista em troca da suspensão das multas e dos cortes de ponto que a Justiça determinou a pedido do governo. 


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A proposta de suspensão foi feita extra-oficialmente pelo governo, segundo informações obtidas nos bastidores pela reportagem do Olhar Direto. Além disso, existe a expectativa de que o governo ofereça uma proposta de reajuste salarial próxima do que recebem policiais civis. 

Em troca do fim da greve, o governo deve suspender os cortes de pontos, as multas aos servidores, a multa de R$200 mil aplicada ao sindicato e os pedidos de prisão contra os dirigentes sindicais. As demandas judiciais do governo, que foram protocoladas pela Procuradoria Geral do Estado (PGE), devem ser todas suspensas com o fim da greve.

A situação da greve piorou quando o governo cortou pontos dos servidores, em dezembro, e sindicato tentou remediar a situação ao cobrir o salários dos grevistas através de uma “reserva” de recursos que a organização possuía, mas a Justiça bloqueou as contas do sindicato logo em seguida. Também em dezembro a Justiça aplicou uma multa de R$200 mil em razão da continuidade da greve.  

Por conta das sucessivas derrotas judiciais, o Sindspen se viu enfraquecido em reunião realizada com o governo no dia 3 de fevereiro. Naquela ocasião, o sindicato ouviu a proposta do governo de suspender as sanções judiciais com alívio porque o movimento paradista já não conseguia evoluir e as perspectivas de vitórias eram muito pequenas em um cenário em que praticamente todos os pedidos do governo eram acatados judicialmente. Na época, o deputado estadual João Batista (PROS), representante do setor, falou à imprensa que estava “satisfeito”, mas não revelou a razão de sua satisfação. 

“Consideramos a reunião produtiva, contudo as negociações estão zeradas por enquanto, estamos construindo um novo cenário. Tivemos a sinalização de uma nova reunião para o dia 8 de março. Não estamos derrotados, pois estamos com a mesa de negociação aberta e vamos continuar lutando”, disse o deputado ao sair da Casa Civil em reunião com Mauro Carvalho. 

Batista sempre foi voz dissonante dentro do movimento. Alinhado ao governo, o parlamentar se viu obrigado a sair da base aliada quando a greve foi deflagrada. Mas em janeiro ele voltou a retomar o diálogo com o Paiaguás na tentativa de apaziguar os ânimos. Uma parcela dos sindicalistas esperava pelo endurecimento da greve, o que nunca aconteceu por conta da intermediação do deputado. 
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