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Sábado, 27 de julho de 2024

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Servidor do TRE-MT confirma fraude em boletim de urna eletrônica durante eleição militar

Fraude não ocorreu na urna eletrônica disponibilizada pelo TRE-MT e sim em documento a parte produzido por fraudadores

Servidor do TRE-MT confirma fraude em boletim de urna eletrônica durante eleição militar
Depoimento de um servidor de carreira do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) à Polícia Civil confirmou a falsificação do boletim da urna eletrônica utilizada na disputa eleitoral para definir a presidência da Associação Beneficente de Saúde do Estado de Mato Grosso, que comanda o Hospital Militar. 


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De acordo com o termo de declaração obtido com exclusividade pela reportagem do site Olhar Direto, o servidor Jorge Yoshiro Kimura afirmou que o boletim de urna com o resultado da eleição interna da associação utilizado pela comissão eleitoral para declarar o vencedor era completamente diferente do boletim gerado pela própria urna eletrônica cedida pelo TRE. 

No depoimento prestado no dia 22 de fevereiro, Kimura contou que a advogada da Chapa 01, considerada vencedora, entregou ao TRE um boletim de urna falsificado, diferente do boletim que havia sido emitido pela urna eletrônica cedida pelo TRE. 

O servidor ressaltou que os fraudadores não realizaram qualquer intervenção no sistema do TRE, apenas criaram um boletim de urna falso para substituir o original e, com isso, serem declarados vencedores da disputa. 

Na eleição do Hospital Militar, realizada em junho de 2019, sagrou-se como vencedora de forma irregular a Chapa 01, do Coronel José Kleber Duarte Santos. A Chapa 06, do Coronel Antônio Ribeiro de Moraes, entrou na Justiça alegando fraude na disputa. Tanto a denúncia como todo o caso em si é sobre a fraude no boletim e não na urna eletrônica.

Ao ser ouvido pela Polícia Civil, o Coronel Kléber Duarte Santos afirmou que não foi possível localizar o boletim de urna falsificado porque o documento foi protocolado na ação civil pública sobre a fraude pelo coronel Ricardo Almeida Gil, que faleceu em setembro de 2020. O coronel também negou qualquer participação na fraude. 

Em setembro de 2021 o deputado federal José Medeiros foi acusado de espalhar notícia falsa depois de divulgar a investigação sobre a fraude realizada pelo Ministério Público de Mato Grosso. Em publicação nas redes sociais, Medeiros deu a entender que a fraude seria na urna eletrônica. 

O procurador-geral de Justiça de Mato Grosso abriu investigação contra o parlamentar. A Procuradoria-geral da República (PGR) e o Supremo Tribunal Federal (STF) foram acionados para investigar o parlamentar. Medeiros e outros políticos bolsonaristas são defensores do retorno do voto impresso.
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