Um adolescente de 16 anos foi agredido por cerca de 20 rapazes, no domingo de Páscoa (17), no condomínio Reserva Rio Cuiabá, localizado no bairro Jardim Imperial, em Cuiabá. De acordo com o pai do menor, A.F.G., o fato ocorreu após uma partida de futebol na quadra do residencial, e o guarda que estava presente no local, não interviu para impedir as agressões.
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De acordo com as informações do boletim de ocorrência registrado por A.F.G., o menor foi agredido por volta das 21h. O jogo de futebol foi organizado por um morador do condomínio, de 23 anos, que convidou pessoas de fora para a partida.
Na política do residencial, apenas moradores e hóspedes cadastrados podem utilizar as quadras de esporte. E para liberar a entrada de visitantes no local, o morador precisa informar pelo aplicativo do condomínio, o que não foi feito naquele dia.
Imagens das câmeras de segurança mostram o momento das agressões. A vítima estava jogando junto ao grupo, quando alguns garotos partem para cima do menor e desferem socos e chutes, sendo vários ao mesmo tempo.
O adolescente ainda tenta se defender, mas acaba caindo na quadra, com lesões pelo corpo. Em seguida, os agressores se dispersam sozinhos.
Enquanto o fato ocorre, o segurança que estava presente não fez qualquer ato para separar. Logo após, a vítima, junto com mais dois colegas, pede socorro ao seu pai.
O responsável então aciona a Polícia Militar. No entanto, os agressores já haviam saído do local, quando os policiais chegaram no condomínio.
Algumas testemunhas ainda relataram a A.F.G., que um dos rapazes estava em posse de um punhal.
O pai relatou ao
Olhar Direto que não é a primeira vez que a situação acontece no residencial. “Ocorreu isso na semana passada e na sexta-feira Santa”.
“Meu filho e mais dois colegas chegaram gritando, pedindo ajuda. Eu fui bastante ponderado na hora, mas quando eu saio da minha residência, sou coagido por cerca de 20 adolescentes e uns três adultos. Foi uma gritaria, uma situação de constrangimento total e todos os vizinhos viram isso”, afirma o pai.
“O segurança não tomou nenhuma atitude em ajudá-los ou chamar reforço. Nada foi feito pelo condomínio e pela administração. Eu que precisei entrar em contato com a PM. A gente mora num lugar, paga o condomínio e não tem o mínimo de segurança. O constrangimento que nós passamos. Meu filho ficou a semana toda dentro de casa, não querendo sair para a rua”, completa.
O empresário explica ainda que não teve nenhuma resposta da síndica do local, até a última quarta-feira (20), sendo que condomínio é responsável pela entrada dos visitantes. A empresa de segurança, Unifort, só entrou em contato com a família do menor nesta sexta-feira (22), perguntando sobre o caso e informando que a equipe que trabalhava no dia será trocada.
“Eu fiquei indignado diante dessa selvageria. Graças a Deus, não aconteceu nada pior com meu filho. Ele foi na maior inocência jogar com o pessoal e em menos de 20 minutos, ele vem me falar que estavam jogando de maneira muito agressiva”, expõe o responsável.
“Na hora que ele recebeu a primeira bofetada e foi reagir, mais de 20 foram para cima dele. Dava a impressão que estava tudo arquitetado”, complementa.
O pai está revoltado com a situação e após o registro do boletim de ocorrência, entrou em contato com seu advogado para buscar seus direitos na Justiça.
O caso foi repassada para a Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica) e será investigado.
A vítima ainda passará por um atendimento psicossocial, agendado para a segunda-feira (25).
Outro lado
A reportagem entrou em contato com a administração do condomínio e com a empresa de segurança, Unifort, responsável pela vigilância do local.
A síndica informou que "o morador é quem liberou os visitantes usando sua digital de acesso, pela entrada de pedestres sem seguir os parâmetros exigidos pelo Condômino de cadastrar os visitantes. O condomínio notificou a empresa de segurança que irá fazer a substituição dos funcionários que estavam no plantão nesse dia, o morador foi multado por infringir o regimento interno”.
Já a Unifort ainda não retornou o contato sobre o caso.
Veja os vídeos abaixo:
