Lancha apreendida durante operação contra o Comando Vermelho, realizada em janeiro deste ano, foi transferida para Marinha do Brasil nesta segunda-feira (6). A embarcação avaliada em R$ 1,5 milhão estava no Lago do Manso, em Chapada dos Guimarães.
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Além da lancha, a Operação Mandatário, deflagrada pela Força-Tarefa de Segurança Pública (FTSP-MT), sequestrou diversos veículos e imóveis de alto padrão. "Através de decisão judicial sequestramos esses bens, a lancha é um exemplo. Mas sequestramos também diversos veículos de luxo, imóveis de alto padrão. E vamos compartilhar o uso desses bens sequestrados, obtidos com dinheiro do tráfico de drogas, para serem utilizados por instituições que trabalham com a segurança pública e aquaviária no Estado de Mato Grosso", explicou o delegado da Polícia Federal, Antônio Flávio Rocha Freire.
Para o delegado da Polícia Civil, Gustavo Godoy, além de responsabilizar criminalmente os investigados, é importante descapitalizá-los. “Não basta apenas cumprimento de pena, condenação e reclusão se os criminosos não estão sendo descapitalizados. Por isso é importante esse trabalho de apreender veículos, imóveis, quantias em dinheiro. Essa embarcação e todos objetos apreendidos serão utilizados pelos órgãos de segurança pública”, pontua.
A Operação Mandatário resultou na prisão de seis pessoas que atuavam no núcleo contábil do Comando Vermelho em Cuiabá e Várzea Grande. Um deles é Jonas Souza Gonçalves Junior, conhecido por Batman. Conforme adiantado com exclusividade por
Olhar Direto, Batman é um dos líderes da organização, que se encontra preso no Raio 5 da Penitenciária Central do Estado (PCE).
Também foram cumpridos mandados de prisão em nome de: J.G.C., M.B.S., B.M.G., L.L.C., A.A.T. e Filipe Antônio Bruschi, conhecido como Loirão, que se identificava como advogado mesmo sem ter concluído o curso de Direito.
Loirão foi principal alvo da operação e foi preso com mais de meio milhão de reais em espécie e um imóvel em Várzea Grande. Ele era responsável por recolher semanalmente o dinheiro em bocas de fumo e de outras atividades ilícitas. Depois era feita a contabilidade dos valores e o lucro distribuído entre os líderes da organização criminosa.
Na operação a polícia apreendeu R$ 500 mil em espécie com um dos alvos.
O nome da operação faz menção a Loirão, pessoa de confiança de Batman. O suspeito atuava como braço direito e era responsável pela execução das ordens do tesoureiro nas ruas, recolhimento de dinheiro, ou seja, atuava como mandatário do criminoso que se encontra recluso por cometer, entre outros crimes, roubos e furtos a agências bancárias, inclusive com uso de explosivos.
Na época, o Ministério Público pediu bloqueio de diversos veículos, a fim de evitar transferência desses bens avaliados em R$ 1,8 milhão. São eles: Toyota Hillux, Corolla Altis Premium, Jeep Renegade, Fiat Mobi, VW Gol, Corolla XRS20, Compass Limited D, Corolla Gli, quatro veículos Ford KA, Honda Civic, Honda Civic Sport, L 1518 (Caminhão), Land Rover DISCOVERY, 13.180 (Caminhão), Lancha (armada Yachts), Jet-Ski Sea-Doo e Motocicleta BMW GS 310.
Ao todo, foram sequestrados 15 veículos, 07 imóveis, além de 10 ordens de bloqueio de contas bancárias e de investimentos, totalizando um valor estimado de cerca de R$ 10 milhões.
