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Mauro Mendes diz que meta da reeleição é superar a si mesmo: “a régua subiu”

01 Set 2022 - 07:23

Da Redação - Érika Oliveira e Airton Marques

Foto: Secom-MT

Mauro Mendes diz que meta da reeleição é superar a si mesmo: “a régua subiu”
Em 2018, quando se apresentava candidato a governador de Mato Grosso pela segunda vez em sua carreira política, o empresário Mauro Mendes (UNIÃO), à época filiado ao DEM, foi eleito com a promessa de superar as crises econômica e fiscal que marcavam a gestão em curso, comandada por seu ex-aliado, o então governador Pedro Taques. Reconhecido por seu sucesso no mundo corporativo, Mendes realizou na administração do Estado aquilo que ele próprio, por vezes, duvidou: deixou as contas do Governo “no azul” em tempo recorde e, mesmo diante de uma pandemia, promoveu investimentos bilionários em todas as áreas.


Três anos e oito meses depois, aos 58 anos, Mauro Mendes tenta a reeleição com uma meta em sua avaliação ainda mais difícil: superar a si mesmo. “A régua subiu”, ponderou durante entrevista exclusiva ao Olhar Direto, nesta segunda-feira (29).

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“O primeiro ano foi dedicado a recuperar o Estado, colocar as contas em ordem, pagar os atrasados, e depois nós tivemos dois anos de pandemia em que tudo ficou mais lento não só dentro do Governo, mas também do mercado, com atraso de fornecedores, materiais etc. Tudo isso fez com que a nossa velocidade na entrega e na execução de todos os programas fosse menor do que nós gostaríamos. Então, nos próximos anos, nós precisamos acelerar isso e dar mais retorno ao cidadão”, afirmou.

De seu gabinete no Palácio Paiaguás, minutos antes de assinar a ordem de serviço para o início das obras do Ônibus de Trânsito Rápido (BRT, em inglês), a ser implantado em Cuiabá e Várzea Grande, Mauro Mendes conversou com a reportagem sobre a expectativa por um novo mandato e relembrou de sua trajetória na vida pública, iniciada muito antes de se eleger para cargos eletivos, ainda nos bancos da Universidade Federal de Mato Grosso, onde se formou engenheiro eletricista.

“O profissional que acabei me tornando foi graças aquilo que aprendi na Universidade fora da sala de aula. As lições técnicas foram de grande valia, mas as lições de vida, o relacionamento com as pessoas no enfrentamento das batalhas, o gerenciamento eu aprendi no movimento estudantil e isso fez grande diferença na minha vida”, relembrou Mauro Mendes, que na década de 80, com cerca de 20 anos, fez parte do movimento estudantil e ganhou a disputa das eleições do Diretório Central dos Estudantes (DCE).

Atualmente filiado a um partido de centro-direita e aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), Mauro Mendes recordou a relação que mantinha com a corrente da esquerda, embora rejeite a polarização.

“Quando eu comecei minha trajetória eu estava próximo de um grupo de pessoas que eram sim mais à esquerda. Porém eu nunca gostei, desde os tempos passados, desta rotulação direita/esquerda. Eu sempre fui um homem de resultados. Comecei minha vida assim lá no Centro Acadêmico, no DCE da Universidade, na Federação da Industrias, na Prefeitura de Cuiabá e agora no Governo, em todos os lugares por onde passei. Eu gosto de trabalhar para entregar resultados para as pessoas. Esses rótulos na minha avaliação são uma forma de esconder uma discussão maior, que é pautar pela eficiência e pela correta aplicação do dinheiro público”, avaliou.



Criticado por parte dos eleitores bolsonaristas, que não o enxergam como um “representante fiel” do atual presidente, que também tenta a reeleição, Mauro Mendes admitiu eventuais rusgas com o mandatário do Planalto nos últimos anos, mas disse acreditar em uma mudança de consciência de Bolsonaro.

“Não tem como negar fatos. E fato é que o presidente em algum momento abriu uma frente de batalha com os governadores, o que foi lamentável. Mas quem não comete equívocos? Eu cometo os meus. E qualquer presidente, fosse o Lula ou outros que por lá passaram, também cometeram os seus. Espero que ele tenha reconhecido isso, porque para governar um País é preciso concentrar suas energias no trabalho. Então eu espero que ele, ganhando a eleição, reveja esse posicionamento e possa unificar o Brasil”, afirmou.

Tendo ao lado em mais uma eleição seu vice Otaviano Pivetta (Republicanos), Mendes evitou se comprometer ao ser questionado se pretende concluir os quatro anos de mandato. Nos bastidores, o atual governador já teria confidenciado a alguns aliados a possibilidade de concorrer ao Senado nas próximas eleições, o que o obrigaria a se desincompatibilizar do Governo antes do fim de sua eventual futura gestão.

“É muito ruim falar de um futuro distante quando nós ainda temos uma eleição no meio. Nós temos que respeitar a vontade de Deus e a vontade soberana do povo. Eu não posso falar do que farei no ano que vem ou de qualquer decisão antes de terminar o processo eleitoral e nós ganharmos as eleições. Neste momento está no meu radar terminar o meu mandato de quatro anos e ganhar as eleições. Se eu ganhar, aí sim podemos pensar em como será o próximo governo e os próximos quatro anos”, pontuou.
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