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Aluna golpeada com caneta no pescoço por colega de sala passou por cirurgia e foi intubada; Seduc acompanha caso

14 Set 2022 - 17:08

Da Redação - Bruna Barbosa / Do Local: Ulisses Lalio

Foto: Reprodução

Aluna golpeada com caneta no pescoço por colega de sala passou por cirurgia e foi intubada; Seduc acompanha caso
A jovem de 19 anos golpeada no pescoço durante briga em sala de aula na Escola Estadual de Desenvolvimento Integral da Educação Professor Antônio Cesário de Figueiredo Neto, em Cuiabá, na noite dessa terça-feira (13), precisou ser intubada após passar por cirurgia. De acordo com a diretora da unidade, Fabiana Elaine Ferreira de Melo, o quadro da vítima é estável e os médicos estão otimistas. 


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De acordo com boletim de ocorrência, Suelen Acosta Marques, de 22, usou uma caneta para golpear a colega de sala. A jovem teve lesão na região da artéria subclávica e está internada na UTI do Hospital Municipal de Cuiabá. Já a suspeita do crime segue foragida. 

"Teve que ir para UTI e foi sedada em função da gravidade do ferimento. Durante o dia houve redução gradativa da sedação. Agora, no final da tarde, avaliam uma possível extubação em função do quadro de melhora que ela teve. Os médicos demonstraram que estão otimistas". 

Em entrevista ao Olhar Direto, a diretora explicou que as duas discutiram por motivos externos. Inicialmente, a briga foi apenas verbal e uma das professoras da escola tentou intervir na situação. A profissional que tentou impedir os golpes na vítima tirou licença de uma semana. 

"Nesse momento houve a agressão. Depois, a professora me procurou, enquanto gestão, para que pudesse tomar as providências, para que pudéssemos socorrer a vítima. A única preocupação que nós tínhamos era com essa estudante que estava ferido". 

Corredor ensanguentado

Imagens feitas por alunos da unidade que presenciaram a briga mostram sangue espalhado por um dos corredores da escola. A jovem foi socorrida pelo Samu e permanece internada. 

"A informação que temos é de que não foi uma faca. A agressora fugiu do local imediatamente, depois que a vítima foi socorrida pelo Samu, fui à delegacia para prestar depoimentos e fazer boletim de ocorrência, além de entrar com representação junto com o marido da vítima". 

Alunos que presenciaram a cena contaram aos policiais que Suelen usou uma caneta para golpear a vítima. Fabiana ressaltou que, apesar da ocorrência registrada na escola, o local não tem "perfil de violência". Na unidade, são atendidos jovens com mais de 18 anos e adultos. 

"A escola atende comunidade de estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA), são os jovens e adultos trabalhadores. Temos atendimento flexibilizado, todos são maiores de idade. Infelizmente foi uma fatalidade, uma intercorrência mesmo, porque a escola não tem esse perfil de violência". 

Tanto a professora quanto os estudantes que presenciaram a briga receberão atendimento psicológico de profissionais da secretaria estadual de Educação (Seduc). Segundo a diretora, as aulas acontecerão normalmente nesta quarta-feira (14). 

"Voltou a normalidade, até mesmo porque eles acham que tem que continuar, não querem essa imagem ruim de violência, justamente porque a Educação de Jovens e Adultos da escola está muito forte e presente. Queremos que continue isso, a comunidade escolar também. Hoje terão o primeiro contato com a equipe para o atendimento". 

Duas psicólogas e duas assistentes sociais da Diretoria Regional de Educação (DRE) vão realizar acolhimento da comunidade estudantes e dos profissionais. 

Reforço na segurança 

A diretora adjunta da DRE, Rute Neli Alves de Sá, na manhã desta quarta-feira (14), servidores da escola foram acolhidos pela equipe de acolhimento. No entanto, o trabalho psicossocial oferecido para os alunos que presenciaram o ataque será diferente, já que eles viram a cena da jovem ser ferida. 

"Estivemos aqui de manhã, nossa equipe acolheu servidores que chegaram abalados com a situação. Acolheu também com os alunos. Agora a noite vamos fazer trabalho diferenciado com quem presenciou a situação. A professora precisa ser muito acolhida, presenciou a cena, tentou impedir. Precisamos dar atendimento especial a turma que assistiu tudo isso". 

Manter o portão fechado foi uma das medidas de segurança aplicadas após a ocorrência, de acordo com a diretora-adjunta da DRE. 

"O portão ficava aberto, a partir de hoje ficará fechado. Por exemplo, ela saiu correndo e se depara com o portão fechado, não conseguiria fugir tão rápido. Vamos fazer outras mudanças, estamos analisando o prédio e as situações. Vamos montar estratégias". 
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