O deputado estadual Max Russi (PSB) afirmou que já conta com o apoio de dez parlamentares para sua eleição à Presidência da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). Ele disse que a ‘desistência’ do deputado Eduardo Botelho (UNIÃO) não teve influência em seu projeto, porque já era candidato antes. Também afirmou que não descarta o atual presidente na 1ª Secretaria de sua chapa.

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Na noite de terça-feira (22), o deputado estadual Eduardo Botelho comunicou aos colegas que não disputaria a presidência. A decisão respeita orientação do Supremo Tribunal Federal (STF). O anúncio foi feito durante jantar na residência da deputada Janaína Riva (MDB).

Max não estava no encontro, e disse que ficou sabendo por meio da imprensa. “Hoje eu vou ficar sabendo qual foi o desdobramento e o que vai encaminhar após essa reunião. Eu continuo com o meu projeto, tenho conversado com os deputados, tenho um apoio considerável e eu acho que eu posso com isso conseguir mais apoios para continuar no projeto para presidente”, afirmou Russi na manhã desta quarta-feira (23).

Segundo Max, ele já tinha o apoio de dez parlamentares antes de viajar ao Egito para participar da COP 27, e continua com dez. Botelho, por sua vez, relatava antes de desistir da candidatura que tinha o apoio de 14. Para uma chapa ser eleita, precisa de 13 votos.

“Lógico que eu gostaria de ter os vinte e quatro [deputados], mas tranquilo, a última mesa não teve os vinte e quatro, no anterior não teve os vinte e quatro. Acho que democracia é isso, é debate, é proposta, é entendimento, é muita discussão, vou conversar com todo mundo, quero ter o voto de todos. Aqueles que entenderem que eu posso ser um bom candidato a presidente, já tiveram a experiência que eu fui por um ano, como é a forma de trabalhar, tenho certeza que vão me apoiar. Estou bastante confiante. Eu acho que eu consigo ter sim o apoio de mais de doze deputados”, completou.

Após ter desistido de disputar, Botelho afirmou que Max Russi era o preferido para ser o candidato, mas que ele ainda enfrentava resistência de parte dos parlamentares. No entanto, pontuou também que Max era o nome predileto do governador Mauro Mendes (UNIÃO).

Logo após a campanha eleitoral, na qual foram reeleitos, Botelho, Max e Janaina haviam acordado em buscar consenso em torno de um único nome para a disputa do comando da Casa no próximo biênio. Neste sentido, por entender que não teria força de concorrer com Botelho e Max, Janaina anunciou que ia recuar de seu projeto. Russi, por sua vez, aguardava a consulta feita por Botelho junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), para saber se poderia concorrer novamente a vaga.

Há algumas semanas, em conversa com a reportagem do Olhar Direto, Max Russi afirmou que se Botelho fosse impedido pela Justiça de concorrer novamente a Presidência ele pretendia tê-lo como 1º secretário em sua chapa. Após resposta do STF, Botelho confirmou a tendência de estar junto com Max, mas disse que o colega enfrenta resistência entre alguns deputados em razão de sua “subserviência” ao Executivo.

Na manhã desta quarta, Max afirmou que ele já estava trabalhando sua candidatura, mesmo antes da decisão de Botelho. “Eu já era candidato a presidente. Eu já tinha conversado com vários parlamentares. Já tinha dez votos confirmados. Então o jogo continua. Pra mim continua. Vou continuar pleiteando a presidência e vou buscar os outros votos, como eu falei eu preciso ter treze votos, tenho dez, faltam três, vou buscar os que ainda faltam”, declarou.

Ele ainda afirmou que não descarta a possibilidade de ter Botelho como 1º secretário em sua chapa, mas disse que não firmou compromisso com ninguém ainda.  “O Botelho não colocou ainda que ele é candidato a primeiro secretário, ele não colocou pra mim também que desistiu da presidência, fiquei sabendo pela imprensa após o jantar o que saiu no site, então estou com a mesma informação de vocês”, resumiu.