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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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Acidentes graves com mortes de vítimas da mesma família e “tragédia da Itamarati” marcaram BR-163 em 2022

Foto: Reprodução

Acidentes graves com mortes de vítimas da mesma família e “tragédia da Itamarati” marcaram BR-163 em 2022
Conhecida como “rodovia da morte”, por conta dos registros altos de acidentes fatais, a BR-163 voltou a ser palco de tragédias que destruíram famílias em 2022. Acidentes com familiares que seguiam viagem juntos em trechos da BR-163 e a “tragédia da Itamarati” foram algumas das ocorrências que causaram comoção nos mato-grossenses.


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O Olhar Direto publicou 54 ocorrências de óbitos até 26 de dezembro. Na “tragédia da Itamarati”, acidente entre um ônibus de viagem da empresa Itamarati e um caminhão na BR-163, em Vera (a 460 km de Cuiabá), em 17 de maio, 11 pessoas morreram. 

A colisão lateral aconteceu no km 799 da rodovia e deixou parte do ônibus completamente destruída. A professora Sidinei Oliveira Cardoso, de 48 anos, e o filho Carlos André Fidelis Oliveira Cardoso, de 13, estavam entre os 44 passageiros do ônibus, que seguia viagem para Sinop (a 513 km de Cuiabá).

Sidinei fazia parte da diretoria executiva do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep-MT). Também morreram no acidente: Alfredo Lopes da Silva (65), Maria Carneiro (61), Clayton Aparecido da Silva (37), Brena Nunes Ronsoni (24), Pedro Henrique Rodrigues Leal Pinto (21), Deborah Costa de Almeida (21).

Casal de jovens de 23 anos e filha de um morreram soterrados por carga de calcário após colisão com caminhão. (Foto: Reprodução)

Maria Carneiro e Alfredo Lopes eram casados. Clayton Aparecido era papiloscopista no IML de Sinop e a morte causou comoção nos profissionais do local. Cinco passageiros foram socorridos com vida, mas em estado grave.

O motorista do veículo sobreviveu ao acidente e teve o braço amputado por conta do impacto violento da colisão. Edmilson Pereira ficou internado na UTI e a filha dele chegou a fazer uma “vaquinha” para custear o tratamento do pai. 

Alguns dos passageiros do ônibus chegaram a afirmar que Edmilson trafegava em alta velocidade, mas a versão foi negada pela Itamarati. 

Famílias destruídas 

Em 27 de maio, pai e filho morreram em um acidente envolvendo três caminhões e um Gol, na BR-163, em Nova Mutum (a 242 km de Cuiabá). Joelson Torres Sales, de 38 anos, e João Victor Santos de Sales, de 14, viajavam no carro de passeio. Eles morreram ainda no local da colisão. 

Dois dos caminhões envolvidos pegaram fogo após o acidente. A esposa de Joelson e outra filha dele também ficaram entre os quatro feridos. Josinete Silva Lima, de 33 anos, e Maria Alice Silva Sales, de seis, foram levadas para o Hospital Regional de Nova Mutum. 

Empresária Lismara Bertoleti Ribeiro, de 52 anos, e a neta dela, Isadora Ribeiro, de oito, morreram em acidente com quatro vítimas, (Foto: Reprodução) 

Na noite de 23 de setembro, uma colisão entre uma Hilux e um Pajero no trecho da BR-163, em Cláudia (a 567 km de Cuiabá), matou cinco pessoas. Entre as vítimas, estavam a empresária Lismara Bertoleti Ribeiro, de 52 anos, e a neta dela, Isadora Ribeiro, de oito. 

Elas seguiam viagem na Pajero, que bateu de frente com uma Hilux, onde viajavam Claudiomiro Soares dos Santos, de 44, e Carlos André dos Santos, de 37, que também eram da mesma família. Claudiomiro era tio de Carlos.

Na caminhonete também viajava Jonas da Silva Vieira, de 38. Claudiomiro chegou a ser resgatado com vida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital. Assim como Isadora, que teve a morte constatada no trajeto até a unidade de saúde. 

O tio e o sobrinho eram de Santa Rosa (RS), onde atuavam como empresários na “Ideal Diesel Comercial de Peças Agrícolas”. Os corpos foram levados para a cidade para velório e enterro. 
Caminhoneiro, namorada e bebê carbonizados 

Em 19 de junho, um acidente entre duas carretas e um caminhão, matou o motorista Ivanildo da Silva Bento, a namorada dele, Leidiane Borges, e duas crianças, de três e 10 anos, na BR-163, em Sorriso (a 415 km de Cuiabá). Cleverson Rodrigo Felipp, de 48 anos, dirigia a segunda carreta e também morreu carbonizado. 

O impacto da colisão causou incêndio nas duas carretas envolvidas. Cleverson era natural de Ampére (PR), para onde o corpo foi trasladado. Já Leidiane e Ivanildo eram de Nobres e Sinop, respectivamente. 
Idoso empurrado na BR-163 

O motorista Osmar Eduardo Martins, de 62 anos, foi empurrado durante discussão de trânsito na BR-163, em Sorriso, e morreu atropelado. (Foto: Reprodução) 

Em 11 de setembro, o motorista Osmar Eduardo Martins, de 62 anos, morreu após se envolver em uma discussão na BR-163, em Sorriso (a 420 km de Cuiabá). Ele parou o Gol que dirigia para trocar o pneu que furou. O condutor de um Fiat Strada que bateu no carro do filho dele, que foi até o local para ajudar o pai. 

O suspeito se alterou e empurrou Osmar na rodovia. De acordo com a Polícia Civil, Osmar foi fechado por uma carreta, causando o problema no pneu do Gol. O motorista do Fiat Strada bateu na traseira do Corolla. Ele alegou que não viu os carros estacionados, xingou e empurrou Osmar em direção à rodovia no momento em que carretas passavam. 

O motorista foi atropelado por dois veículos de carga e não resistiu aos ferimentos. Os ocupantes do Fiat Toro saíram ilesos e assinaram termo de recusa de encaminhamento médico. O suspeito foi identificado como Kalarram Mamédio, de 38 anos, e foi preso em 16 de setembro. 

Casal de jovens e bebê soterrados 

O casal Rudson Rodrigues Ribeiro, de 23 anos, a esposa, Alexandre Ferreira, também de 23, e a filha deles de um ano, morreram soterrados na cabine da carreta que viajavam em 27 de setembro, na BR-163, em Diamantino (a 208 km de Cuiabá). O veículo era dirigido por Rudson, que está seguindo viagem para Nobres. 

O motorista bateu em um caminhão e caiu em um barranco na rodovia. Com o impacto, a cabine do veículo de carga foi soterrada pela carga de calcário, matando a família. Foram necessárias 15 horas para que as equipes de resgate conseguissem retirar os corpos do local.
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