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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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CRONOLOGIA DO CRIME

Veja o que se sabe sobre duplo homicídio que levou filho de deputado à prisão

Foto: Reprodução

Veja  o que se sabe sobre duplo homicídio que levou filho de deputado à prisão
Antes de assassinar o casal Thays Machado, de 44 anos, e William César Moreno, de 30 anos, o empresário Carlos Alberto Gomes Bezerra já vinha monitorando a ex-namorada por não aceitar o término do relacionamento. O Olhar Direto realizou uma cronologia desde o término do relacionamento de Carlos e Thays até o momento em que o filho do deputado federal Carlos Bezerra (MDB) assassinou a ex-namorada e o atual namorado dela a tiros em um edifício de Cuiabá, na quarta-feira (18).


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Segundo as informações apuradas, Carlos e Thays se conheciam há três anos e sete meses e mantinham um relacionamento de idas e vindas.

​Há cerca de 45 dias, a mulher terminou o namoro. Carlos telefonava várias vezes para ela, tentando retomar o relacionamento.

Envolvimento com William Moreno

Cerca de 15 dias depois de terminar o namoro com Carlos, Thays passou a se envolver com William. O namorado morava em São Paulo e chegou em Cuiabá há cerca de um mês.

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"Com relação ao atual que ela estava, era cerca de três a quatro semanas (de relacionamento). Então era algo bem recente, isso conforme os familiares", contou o delegado da Polícia Civil, Marcel Gomes.

Monitoramento

Após os telefonemas da Carlos não apresentarem resultado, o empresário começou a monitorar Thays. Em um dos episódios, ele abordou um colega de trabalho da vítima dentro das dependências do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), onde Thays atuava como técnica judiciária. 

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Carlos ainda começou a "rondar" o prédio da mãe de Thays dias antes de cometer o assassinato. Por este motivo, o delegado Marcel Gomes apontou que o crime foi premeditado.

Dia do crime

Durante a madrugada da quarta-feira (18), horas antes de matar a ex-namorada e o atual namorado dela, Carlos abordou o casal no trânsito usando uma arma de fogo. Na ocasião, Thays havia buscado William no aeroporto após ele ter chegado de uma viagem.

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Já por volta das 16h38, Thays foi com o namorado até o prédio da mãe, no bairro Consil, para entregar a chaves do carro. Após a entrega do veículo, o casal permaneceu do lado de fora do edifício aguardando a chegada de um motorista de aplicativo.

Neste momento, Carlos passa em frente ao edifício e efetua vários tiros no casal. Em Thays foram dois tiros nas costas e um na altura do quadril. William, mesmo atingido no braço esquerdo e no peito, ainda tentou fugir do atirador, mas caiu na calçada, a poucos metros de Thays, onde faleceu. 

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Fuga e prisão

Depois de assassinar o casal, Carlos fugiu do local em um Renault Kwid e seguiu em direção a Campo Verde (131 Km de Cuiabá). Em uma ação conjunta da Polícia Civil e Militar, o empresário acabou sendo preso em uma fazenda.

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Com ele foi encontrado a arma usada no crime e o carro.

Primeiro depoimento

Carlos alegou em primeiro depoimento à Polícia Civil que matou o casal devido a uma  "descompensa emocional" causada por neuropatia diabética.

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Ele alegou ainda que no momento do crime lhe faltou inteligência emocional e reforçou que está arrependido de ter matado o casal.

Audiência de custódia

A audiência de custódia foi concluída pela juíza da 3ª Vara de Campo Verde, Caroline Schneider Guanaes Simões, na tarde desta quinta-feira (19). A pedido do Ministério Público e com a concordância do advogado de Defesa, foi solicitado que o flagrante seja encaminhado para Cuiabá, pois, ambos entendem ser o local do crime competente para a análise do possível pedido de prisão preventiva (sem prazo definido).

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A definição da vara competente foi feita pela distribuição e o processo ficará a cargo do juiz Wladimir Perri da 12ª Criminal da Capital. Ele foi transferido para a Penitenciária Central do Estado (PCE).

Flagrante convertido em preventiva

A juíza Ana Graziela Vaz de Campos Alves Corrêa, 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica de Cuiabá, converteu a prisão em flagrante do empresário Carlos Alberto Gomes Bezerra para preventiva. Na decisão proferida nesta sexta-feira (20), a magistrada afirmou que o investigado demonstrou desprezo pela vida e crença de impunidade, por conta de seu prestígio social em Mato Grosso.

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“As provas até então produzidas nos autos demonstram a tentativa do custodiado de se furtar da aplicação da lei penal e a sua conduta, o desprezo pela vida e uma crença na impunidade, capaz de lhe levar a prática de um feminicídio e um homicídio qualificado em plena tarde de um dia de semana, perto de uma avenida movimentada, em frente a um condomínio residencial, desferindo vários tiros a esmo a partir do próprio veículo registrado em seu nome, tiros estes dos quais seis acertaram as vítimas, sendo nítido em meu sentir que o mesmo contava com a impunidade decorrente de sua posição social”, declarou.

Deputado lamentou

Deputado federal Carlos Bezerra (MDB) emitiu nota lamentando a morte do casal de namorados e afirmou que a família está abalada com o ocorrido.

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"Venho publicamente dizer que estou devastado com os fatos ocorridos na tarde de hoje envolvendo meu filho. Uma tragédia que destruiu três famílias e que deixa marcas impossíveis de serem apagadas", salientou Bezerra.
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