O secretário estadual de Infraestrutura (Sinfra), Marcelo de Oliveira, desconsiderou a revolta de empresários e vereadores de Várzea Grande, por conta dos transtornos causados pelas interdições das obras do BRT na avenida da FEB. Na avaliação do gestor, para a realização de melhorias é preciso enfrentar alguns contratempos.
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“Nunca vi fazer uma omelete sem quebrar o ovo”, afirmou, de forma sucinta, ao ser questionado pelo Olhar Direto sobre as reclamações.
No dia 15 de agosto, empresários e lideranças políticas de Várzea Grande (MT) participaram de uma reunião na Assembleia Legislativa para pedir informações e fazer sugestões com relação às obras de adequação viária para o BRT. Convidado, Marcelo não compareceu e foi representado pelo adjunto, Isaac Nascimento Filho.
Entre os principais questionamentos, os vereadores presentes falaram sobre o trajeto do BRT no município, o tempo de interdição nas principais vias e sobre as obras especiais, como estrutura de drenagem e passarelas. O presidente da Câmara de Vereadores de Várzea Grande, vereador Pedro Paulo (União), criticou a falta de diálogo do governo com os representantes da sociedade.
“Não fomos ouvidos, não nos apresentaram o projeto das obras. Nós somos os legítimos representantes da sociedade, precisamos conhecer, opinar. Temos informações de que o trânsito da [avenida] Couto Magalhães, coração comercial de Várzea Grande, será alterado. Os empresários já tiveram muitos prejuízos nesses dez anos de obras inacabadas, sem falar das vidas que se perderam, os acidentes registrados”, desabafou Pedrinho, como o vereador é conhecido.
O presidente da Associação Comercial e Empresarial (Acivag), Sebastião dos Reis, o Tião da Zaelli, destacou a importância da retomada das obras que, segundo o empresário, foi responsável pelo fechamento de inúmeros estabelecimentos, principalmente no trecho compreendido entre a ponte Júlio Müller e o elevado de acesso ao bairro Cristo Rei.
Já sobre o início das obras em Cuiabá, onde há um embate com o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), que se opõe ao BRT, por defender o término no VLT, o secretário disse apenas que os trabalhos começam em setembro.
