O governador Mauro Mendes (União) aproveitou a reunião com sua base de apoio para tratar sobre a antecipação do embate eleitoral pela Prefeitura de Cuiabá entre dois correligionários: o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, e o presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), deputado Eduardo Botelho. No encontro realizado no Palácio Paiaguás, na manhã desta quinta-feira (19), o gestor pediu cautela diante da pressão em torno da sucessão no Alencastro.
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Conforme apurou o Olhar Direto, Mauro tratou sobre a disputa interna no União Brasil, mesmo com a presença de deputados de outras legendas, como Wilson Santos, do PSD, e Max Russi, do PSB.
Aos parlamentares, o governador suplicou por calma não só entre Fábio e Botelho, assim como de seus aliados. A intenção é que se evite que declarações polêmicas sejam dadas pela imprensa, azedando de vez a relação do grupo, que tende a rachar com eventual saída de Botelho do União, para concorrer o pleito de 2024.
No entendimento do chefe do Executivo estadual, o processo eleitoral ainda está distante, mas a imprensa e o trabalho político do Estado estão voltados à disputa na capital.
Publicamente, Mauro garante que ainda não ouviu de Botelho a intenção de deixar a legenda da qual é presidente regional. Admitiu que, por hora, espera que um dos dois correligionários recue da intenção de candidatura, mas que, caso isso não ocorre, o partido irá definir critérios para definição entre um deles – isso num momento não previsto pelo governador.
LDO
A segunda parte da reunião será para tratar da devolução do texto da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024. Mauro deve apresentar uma solução para atender ou não a vontade dos deputados que devolveram o texto para que o Executivo incluísse os cerca de R$ 600 milhões a título de emendas parlamentares, valor que foi reajustado após a aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC).
Nessa semana, Mauro - que anteriormente já havia se posicionado favorável ao novo valor das emendas - afirmou que o imbróglio agora é com relação à previsão jurídica para que a Assembleia devolvesse o PLOA ao Estado.
Nos bastidores, porém, o impasse teria ligação com as dificuldades do Executivo em realocar os recursos para garantir o repasse dessas emendas. No encontro, o governador tende a tentar convencer os deputados a aceitarem um valor menor do que foi previsto na PEC aprovada.
Entre os presentes no Paiaguás, além de Botelho e Fábio, estão Fábio Tardin (PSB), Júlio Campos (União), Carlos Avalone (PSDB), Valmir Moretto (PSB), Elizeu Nascimento (PL), Paulo Araújo (PP), Dr. João (MDB), Diego Guimarães (Republicanos), Mas Russi (PSB), Beto Dois a Um (PSB) e Thiago Silva (MDB). O secretário Rogério Gallo (Fazenda) também acompanha.
