A professora de educação física Karolaine Palermo, de 26 anos, que faleceu em um acidente de trânsito na BR-070, em Cáceres (220 km de Cuiabá), na tarde de terça-feira (7), sofreu dois abortos espontâneos antes de engravidar do filho. Ela, que estava gestante de nove meses, se dirigia para ter seu parto em uma maternidade em Cuiabá quando a tragédia ocorreu. Além da jovem, o bebê e a mãe dela também morreram na colisão.

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Rafael Marquioreto Remédio, marido de Karolaine, estava na direção de um Ônix e perdeu o controle ao entrar em uma curva, batendo de frente com um VW TCross que seguia em sentido contrário. Chovia na hora do acidente. O impacto da batida foi tão grande, que parte do veículo onde estavam as vítimas partiu no meio.

O rapaz está no hospital por traumatismo craniano leve e fraturas, mas está consciente e aguarda liberação médica para ir ao velório da esposa, filho e da sogra.

Maria Julia Palermo, prima de Karolaine, afirmou que a jovem sonhava em ser mãe e aguardava com muita felicidade a chegada do primeiro filho.

“O sonho dela era ser mãe. Antes do Theo, ela teve dois abortos, até conseguir segurar a gravidez, pois ela tinha trombofilia. A gravidez era muito difícil, por isso ela se arriscava indo para Cuiabá”, contou em entrevista ao site g1.

Julia ainda afirmou que a família se despediu do casal e da avó com a certeza de que voltariam para casa com o bebê em mãos e que ficaram destruídos quando souberam da tragédia.

“Estamos destruídos. Todo mundo se despediu esperando que eles voltassem com mais um para nossa família, acabou indo embora três. Essa criança era muito desejada”, disse a fotógrafa.

A própria Karolaine, há sete dias, publicou nas redes sociais os últimos momentos de sua gestação.

Comoção

A morte precoce de Karolaine, o filho e a mãe, Ivonete Palermo pegou muita gente de surpresa. Nas redes sociais, amigos, familiares, colegas de trabalho e conhecidos lamentaram o falecimento das três vítimas.
“Você foi uma das melhores pessoas que conheci na vida. Transmitia amor e serenidade. Uma pessoa maravilhosa, amiga para todas as horas. Sentiremos sua falta, prima”, escreveu um familiar.

“Você sempre a melhor companhia que alguém pode ter na vida. Sua partida foi precoce, estou triste, mas entendo os desejos de Deus. Você era boa demais para ficar aqui na terra. Te amo, minha eterna jovem aprendiz”, publicou uma amiga.

Karolaine e a mãe eram moradoras de Glória D’Oeste, onde a jovem trabalhava como professora de Educação Física. Por meio de nota, a prefeitura do município decretou luto oficial de três dias.