A 42 dias do fim do prazo da intervenção estadual na Saúde de Cuiabá, o procurador-geral de Justiça do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), Deosdete Cruz, disse que não elimina a possibilidade de solicitar à Justiça uma nova extensão da medida. Ele não comentou sobre prazos. A intervenção, que começou em 15 de março, tinha inicialmente uma duração prevista de 90 dias, mas foi prolongada até 31 de dezembro.

Leia também
Mauro afirma não haver necessidade de nova prorrogação da intervenção na capital: 'acho que é suficiente'

Segundo o procurador, nesta reta final o MPE vai se reunir com o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e aferir um diagnóstico se há necessidade ou não de postergar a prorrogação da intervenção. O governador Mauro Mendes (UNIÃO), por exemplo, já disse em entrevistas que não há necessidade de nova prorrogação.

“Essa é uma medida excepcional e não é a regra no Estado Constitucional. A gente precisa respeitar a autonomia de cada ente federativo. Mas, se houver nos relatórios do Tribunal de Contas alguma informação que demande e justifique a necessidade da prorrogação, ainda que por alguns meses, nós não teremos nenhum problema em postular isso ao Poder Judiciário”, disse ao MidiaNews. 

O chefe do MPE afirmou ainda que gostaria de obter um compromisso do  prefeito e do secretário municipal [de Saúde] que ele tornar titular da pasta, de manter os pilares daquilo que foi construído positivamente.

“A intervenção deixará um grande legado, por exemplo, a nomeação de dezenas, centenas de profissionais da saúde. Tudo isso precisa ser mantido para que a gente tenha uma qualidade ainda melhor e mais eficiente na prestação de serviço à saúde para a população”, finalizou.