O ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro (PSD) surpreendeu ao defender que a Amaggi, trading da família do padrinho político Blairo Maggi (PP), perda incentivos fiscais em Mato Grosso, por promover a moratória da soja, que tem prejudicado pequenos e médios produtores rurais.
ASSISTA A ÍNTEGRA DO PODOLHAR COM O MINISTRO DA AGRICULTURA CARLOS FÁVARO:
A retirada dos benefícios é discutida na Assembleia Legislativa (ALMT), numa forma de resposta ao acordo privado existente entre os produtores de óleo vegetal, ligados à Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), que já teve o conselho presidido por Blairo, e a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC).
“Este acordo é nefasto aos produtores brasileiros e eles devem ser reprimidos, inclusive com a votação da Assembleia Legislativa, tirando o incentivo fiscal, inclusive da empresa dele. Não sou tutelado por ninguém. Agora, o respeito ao ministro Blairo Maggi é muito grande. Pode ter certeza disso”, afirmou, durante participação no PodOlhar, videocast produzido pelo Olhar Direto, já disponível no Youtube.
Acordo estabelece que os compradores vinculados a essas associações não podem comprar produtos plantados em áreas desmatadas dentro da Amazônia Legal.
A partir de 2023, a medida incorporou um critério estabelecido pela União Europeia e começou a impedir que produtores rurais que promoveram o desmatamento legal a partir de julho de 2008, pudessem vender sua produção agrícola.
Atualmente há uma pressão dos produtores e da classe política contra essa medida, pois entendem que diante da legislação mais restritiva do mundo, que é a brasileira, a moratória da soja desrespeita o Código Florestal, na qual prevê o desmatamento legal, respeitando determinado percentual da área, de acordo com o bioma.
Ainda na entrevista aos jornalistas Airton Marques e Lucas Bólico, Fávaro reforçou que tem uma posição própria, de defesa do meio ambiente. “Eu tenho uma amizade incondicional com o ministro Blairo Maggi. Eu gosto muito dele, o respeito muito e acho que ele foi um dos maiores homens públicos de Mato Grosso, mas eu acabei de dizer o que penso, por exemplo, sobre o acordo da moratória da soja, da qual a empresa dele faz parte”.
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