O vice-presidente da Câmara de Alta Floresta (a 791 km de Cuiabá), vereador Claudinei de Jesus (MDB), foi denunciado por violência doméstica na noite de domingo (02). A namorada do parlamentar, uma advogada, relatou que não seria a primeira vez que o suspeito a agride, causando também violência psicológica.
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De acordo com as informações do boletim de ocorrência, quando a Polícia Militar chegou no endereço informado pela vítima, o vereador já havia se evadido da residência. O casal possui um relacionamento com cerca de três anos. Recentemente, o suspeito levou a filha de 11 anos para morar com a companheira, pois ela perdeu a mãe, falecida em decorrência de um câncer, e estava abalada psicologicamente, se recusando a morar com os avós ou pai.
Claudinei possuía acesso permanente à casa da advogada, e no domingo, ele chegou embriagado no local, fazendo chantagens contra a vítima, inclusive, usando a filha para sensibilizar a companheira.
A vítima informou que disse estar cansada das pressões psicológicas do vereador, portanto, queria terminar o relacionamento. Nisso, ela tentou entrar em seu escritório para trabalhar, quando foi impedida pelo acusado, que mediante força, adentrou o local e foi para cima da mulher, tentando enforcá-la.
A advogada relata ainda que ele só não conseguiu enforcá-la por completo porque sua irmã e a filha estavam gritando. Como não foi a primeira agressão, a mulher disse à PM que tem medo do agressor retornar à sua casa e atentar contra sua vida.
Além da violência doméstica, a filha de Claudinei estaria traumatizada e ficou na casa da advogada, com consentimento do suspeito.
Não há informações se o vereador chegou a ser ouvido ou esteve na Delegacia. O caso foi registrado.
Outro lado
A reportagem entrou em contato com o vereador Claudinei de Jesus, que informou estar elaborando uma nota à imprensa, negando as acusações. Segue abaixo a nota enviada:
Eu, Claudinei de Jesus, Vereador e Vice-Presidente da Câmara Municipal de Vereadores de Alta Floresta e Simone Carol Batista de Araújo, vimos a público esclarecer e afirmar que ocorreu uma infeliz discussão comum a todo casal e que não houve agressão física entre nós.
Destacamos que nós repudiamos veementemente a violência e comunicamos que tomaremos as medidas cabíveis relacionadas a toda a repercussão e exageros publicados nos meios de comunicação e nas redes sociais, que sem qualquer tipo de zelo e profissionalismo se basearam ilegalmente em um boletim de ocorrência que não foi fiel aos fatos e sequer lido e assinado pela comunicante.
Toda exposição ao qual fomos submetidos sem qualquer tipo de autorização é fruto do nítido propósito de nos atacar e destruir política e profissionalmente.
Como homem público, reconheço meu compromisso com a verdade e nos colocamos a disposição para maiores esclarecimentos.
Agradecemos a compreensão de todos neste dia tão difícil para nós e cremos que tudo se resolverá com a graça de Deus.
*atualizada às 09h30 no dia 04/06.jpg "Vice-presidente de Câmara é acusado de agredir e tentar enforcar namorada advogada")
