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Terça-feira, 16 de julho de 2024

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Após 'ataque' de vereador que pode acabar em cassação, Sindimed quer regulamentar fiscalização em unidades de saúde

Após 'ataque' de vereador que pode acabar em cassação, Sindimed quer regulamentar fiscalização em unidades de saúde
O Sindicato dos Médicos do Estado de Mato Grosso (Sindimed-MT) está desenvolvendo um projeto de lei que visa regulamentar a atuação dos fiscais e garantir a transparência nas unidades de saúde do município de Cuiabá. A iniciativa surgiu em meio à polêmica envolvendo o médico Marcos Vinícius de Oliveira e o vereador Marcrean Santos, na última semana. O parlamentar foi denunciado e pode ser cassado por agir com suposta truculência contra profissionais de saúde. 


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O caso ganhou repercussão após denúncias da suspeita de abuso de autoridade por parte do vereador, que teria atacado o profissional no repouso quando saía do banheiro. De acordo com o médico, o parlamentar o abordou de forma ríspida, exigindo informações de uma paciente com quem possui algum grau de parentesco. Valendo-se do cargo público, teria invadido as dependências da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), colocando em risco a integridade dos pacientes ali internados.
 
O médico Marcos Vinícius de Oliveira, alvo dos ataques do parlamentar que desencadearam o desenvolvimento do projeto, expressou seu apoio à iniciativa. "Uma fiscalização bem estruturada é fundamental para a integridade dos serviços de saúde. Todos os profissionais devem estar sujeitos a auditorias que garantam a qualidade e a ética no atendimento aos pacientes. Mas é fundamental que seja respeitada a integridade dos pacientes. Não se pode entrar numa UTI sem estar devidamente paramentado", declarou.
 
De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos, Adeildo Lucena, a elaboração deste projeto de lei é uma resposta às demandas da sociedade e dos profissionais de saúde por um ambiente de trabalho mais seguro e ético. "Queremos garantir que as fiscalizações sejam conduzidas de maneira imparcial e que realmente contribuam para a melhoria dos serviços prestados à população", afirmou Dr. Adeildo.
 
A proposta do Sindimed-MT prevê a criação de parâmetros claros para fiscalização, como o agendamento das ações. Isso porque os pacientes costumam estar, muitas vezes, em situação de exposição e podem se sentir invadidos. Além disso, ações mal conduzidas podem gerar tumulto, provocando estresse e, consequentemente, a piora no quadro clínico dos pacientes. Isso sem falar no risco de contaminação, como no caso em questão.
 
"Invadir uma UTI é grave, uma atitude que coloca em risco a vida dos pacientes. Essa é uma atitude inadmissível para um representante do povo. Existem regras em uma UTI que todos devem seguir e não é porque a pessoa tem um mandato que pode fazer o que bem entende. O próprio vereador admite que usou inicialmente um nome falso e que invadiu a UTI", conta Adeildo.  

O Sindimed-MT está promovendo debates e reuniões com diversas entidades e profissionais da área de saúde para construir uma proposta sólida e abrangente. A participação da sociedade civil também é considerada essencial para que o projeto atenda às reais necessidades da população.
 
Caso aprovado, o projeto de lei representará um avanço significativo na gestão das unidades de saúde de Cuiabá, promovendo um ambiente mais seguro e confiável tanto para os profissionais quanto para os pacientes.
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