A deputada federal e presidente do diretório municipal do União Brasil em Cuiabá, Gisela Simona, disse nesta terça-feira (30) que não aceitará imposições de membros do partido em relação às eleições de 2024. A fala dela foi feita durante coletiva nesta manhã e endereçada ao correligionário e também deputado federal Coronel Assis, que tenta emplacar o "afilhado" Tenente Coronel Dias, da Polícia Militar, na chapa de candidatos a vereador. 

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De acordo com informações de bastidores, há um descontentamento entre pré-candidatos e até vereadores do União em relação à possível inclusão do militar na chapa. Gisela declarou que a posição firme da chapa do União é a de não aceitar novos nomes e disse que sequer foi procurada por Dias. 

“O União já tem, como a gente anunciou desde o início, 43 nomes. Desses nomes inclusive, nós temos militares que só vão filiar na convenção, mas que estão conosco desde o início. O que a Chapa tem colocado muito forte ali é de não aceitar novos nomes. Então, até os militares que eventualmente passariam pela chapa são aqueles que já estão conversando conosco desde o início”, disse. 

“E o Coronel Dias, em nenhum momento, conversou, pelo menos comigo, enquanto executiva, com a intenção de fazer parte da Chapa”.

Diante da negativa, Coronel Assis então teria ameaçado levar a situação ao diretório nacional do União Brasil. Gisela foi questionada se esse movimento teria peso, e respondeu que sim. No entanto, ela pontuou que a vontade de uma única pessoa não prevalece sobre os demais e afirmou que não vai aceitar imposições "de cima para baixo".

“Mas o que acontece? Todo grupo tem regras. E não adianta prevalecer a vontade de um em detrimento de um grupo. Então, o que nós temos combinado dentro da chapa da União Brasil, e eu como presidente do partido, é de que novos nomes entraram com o apoio de todos. Se tiver o apoio de todos, entrará. É no convencimento”, observou.  

“Então, é importante, seja o coronel Assis, seja o próprio coronel Dias conversar com cada um dos pré-candidatos e conquistar o seu espaço. Nós não vamos aceitar imposição de cima para baixo. Deputada Federal, eu também sou. E se precisar conversar com a [direção] nacional, eu também converso”, rebateu.