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Terça-feira, 16 de julho de 2024

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inversão de valores?

Tenente-coronel denunciado pelo MP diz que estava protegendo família ao reagir e matar criminoso

Foto: reprodução

Tenente-coronel denunciado pelo MP diz que estava protegendo família ao reagir e matar criminoso
O tenente-coronel da Polícia Militar Otoniel Gonçalves Pinto afirmou que agiu para defender a família ao atirar em Luanderson Patrik Vitor de Lunas, que estava envolvido em um roubo na casa do policial, em novembro do ano passado, na capital. O agente foi denunciado pelo crime de homicídio doloso.


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A casa do policial foi invadida no dia 28 de novembro do ano passado. Na ocasião, o policial foi rendido com a família. Eles tiveram diversos pertences levados. Por meio de uma carta divulgada nas redes sociais, o tenente-coronel afirmou que o roubo durou pelo menos 40 minutos e que a família foi ameaçada com um revólver.

"Durante 40 intermináveis minutos de terror, sob a mira de um revólver, entre a vida e a morte, assistimos à profanação de nosso sagrado lar sem esboçar qualquer reação, tudo para o fim de preservar nossas vidas.  Contudo, mesmo obedecendo todas as ordens do criminoso, os adereços que adornam minha residência revelaram ao ladrão que ali residia uma família militar, um trabalhador da Polícia Militar", diz trecho da nota.

Após pegarem os pertences, um dos criminosos fugiu da casa e entrou em um carro que era conduzido por Luanderson. Otoniel atirou oito vezes na direção do veículo e atingiu a cabeça do condutor.

O policial explicou que, à época do fato, o delegado responsável entendeu que a conduta do agente foi defensiva e reativa à violência evidenciando a legítima defesa. Ele ainda sugeriu o arquivamento do caso.

Entretanto, o promotor Vinicius Gahyva Martins, da 1ª Promotoria de Justiça Criminal da Comarca de Cuiabá - Núcleo de Defesa da Vida, optou por denunciar o tenente-coronel por homicídio doloso. Pediu ainda pagamento de uma indenização ao criminoso.

"Depois de suportar a violência de um criminoso, vou enfrentar a violência do Estado que me acusa de ser homicida por ter defendido minha família, meu lar, minha fortaleza!", reforçou o tenente-coronel.

A Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Corpo de Bombeiro Militar do estado de Mato Grosso (ACS-MT) emitiu uma nota afirmando que o policial agiu em defesa da "propriedade privada, direito de proteção à família e, sobretudo, a dignidade da pessoa humana.

"Além do mais, a inversão de valores praticada pelo representante do Parquet (ao apresentar a lamentável inicial acusatória) gera danos irreparáveis ao policial militar que agiu em defesa própria e de sua família,  pois passará a exercer sua função de forma temerária,  sabendo que corre sério (e injusto) risco de perder sua farda, ou seja, ser excluído da corporação se realmente for condenado (o que será tamanha injustiça).", diz trecho da nota.
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