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Segunda-feira, 24 de junho de 2024

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Ainda está perdido com a eleição “extra” ao Senado? Saiba tudo e quem é quem nesta disputa

Ainda está perdido com a eleição “extra” ao Senado? Saiba tudo e quem é quem nesta disputa
Este ano, além de todas as adversidades causadas pela pandemia do novo coronavírus, o Estado de Mato Grosso ainda precisa resolver o problema envolvendo a vaga de Senado, que até o mês de abril estava ocupada pela juíza aposentada Selma Arruda (Podemos), eleita com quase 700 mil votos em 2018, mas que acabou sendo condenada pela Justiça Eleitoral à perda do mandato por ter cometido crimes de caixa 2 e abuso do poder econômico durante sua campanha.

 
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Desde a metade do mês de abril, a vaga deixada por Selma está sendo ocupada pelo produtor agropecuário da cidade de Lucas do Rio Verde Carlos Fávaro (PSD) que conseguiu, por meio de uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF), assumir a vaga com a justificativa de que foi o terceiro mais votado na eleição, com 434,9 mil votos.
 
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a princípio, havia agendado a eleição suplementar para o mês de abril. Naquela ocasião, se apresentaram como opção nas convenções partidárias o vice-governador do Estado Otaviano Pivetta, hoje sem partido, o ex-governador Júlio Campos (DEM), a coronel da PM Fernanda Rúbia (Patriota), o empresário Reinaldo Morais (PSC), os deputados estaduais Elizeu Nascimento (DC) e Valdir Barranco (PT), a advogada Gisela Simona (Pros), o ex-deputado Nilson Leitão (PSDB), o senador interino Carlos Fávaro, Procurador Mauro (Psol), o economista Feliciano Azuaga (Novo) e o deputado federal José Medeiros (Podemos).
 
A eleição que devia ter acontecido no dia 26 de abril, acabou sendo suspensa pelo TSE, por causa do surto de Covid-19 no país e foi remarcada para o dia 15 de novembro, para mesma data em que as eleições municipais foram adiadas.
 
Dos 12 candidatos anunciados em abril, três deles desistiram. São eles: o vice-governador Otaviano Pivetta, que atendeu ao pedido do governador e amigo Mauro Mendes (DEM), que apoia o senador interino Carlos Fávaro, a advogada Gisela Simona, que hoje é candidata à prefeitura de Cuiabá e o ex-governador Júlio Campos, que justificou estar preocupado com a saúde, em meio à pandemia, e assumiu o posto de primeiro suplente na chapa encabeçada por Leitão.
 
Os outros nove (Elizeu Nascimento, José Medeiros, Feliciano Azuaga, Procurador Mauro, Carlos Fávaro, Nilson Leitão, Valdir Barranco, Reinldo Morais e Coronel Fernanda) mantiveram as candidaturas para a eleição em novembro, que contou com a entrada do advogado Euclides Ribeiro (Avante) e do ex-governador Pedro Taques (SD) na disputa.
 
O Olhar Direto reuniu informações sobre quem são os onze candidatos, o que eles defendem e quais são as propostas para os próximos seis anos que ainda restam de mandato. Veja abaixo:
 
Carlos Fávaro (PSD)
 


Ex-presidente da Aprosoja, Fávaro foi eleito vice-governador na chapa de Pedro Taques em 2014, mas rompeu com ele no final da gestão e migrou para o palanque de Mauro Mendes (DEM) em 2018, que hoje é seu maior cabo eleitoral. Conseguiu tomar posse como senador interino após longa batalha judicial contra a eleita Selma Arruda. Em seus sete meses no Senado foi duramente criticado por ter votado a favor da PL das fake news, que tem como objetivo combater a disseminação de conteúdos falsos nas redes sociais, mas ganhou destaque por conseguir emplacar uma emenda no projeto de ajuda financeira emergencial aos Estados e Municípios, que garantiu mais recurso para Mato Grosso. O seu número na urna é 555.
 
Coronel Fernanda (Patriota)

 
Praticamente desconhecida do meio político de Mato Grosso até o mês de março deste ano, a militar, que recentemente foi promovida ao posto de coronel, surgiu como uma surpresa anunciada pelo presidente da República Jair Bolsonaro, que a apresentou como sua candidata para a disputa suplementar em Mato Grosso. A policial que nunca disputou uma eleição, já afirmou que será uma soldado de Bolsonaro no Congresso Nacional, no caso de eleita, e que irá votar a favor de todos os projetos propostos pelo Executivo. Dentre as bandeiras que ela tem defendido estão a flexibilização do porte de armas e aumento de pena para estupradores. Evangélica, conservadora e militar, como o próprio presidente da República a classificou, a coronel de 46 anos tem o apoio do partido Republicanos e leva o número 511 para as urnas.
 
Euclides Ribeiro (Avante)



Outro desconhecido do meio político mato-grossense até o primeiro semestre, o advogado especialista em recuperação judicial tentou ser candidato pelo partido Novo, mas como não conseguiu se viabilizar, buscou na justiça uma candidatura avulsa antes da eleição suplementar ser suspensa e adiada para novembro. Com mais tempo, o jurista de 46 anos que é o segundo mais rico entre os onze candidatos, com mais de R$ 22 milhões de patrimônio declarado, se tornou o presidente estadual do partido Avante e se lançou como candidato, conquistando o apoio do PDT, PSB e do Pros, que abriu mão da candidatura de Gisela Simona para apoiá-lo. A sua principal proposta desde então é de apoiar projetos ou criar um novo, que buscam acabar com as cobranças abusivas da taxa de juros para o cidadão. O seu número na urna é 700.
 
Elizeu Nascimento (DC)
 


Sargento da Polícia Militar reformado, Elizeu que tem 44 nos, começou na política sendo líder comunitário em Cuiabá, vem disputando eleições desde 2012, quando se tornou suplente de vereador e em 2014, quando virou suplente de deputado federal. Sua primeira vitória em disputas eleitorais aconteceu em 2016, ano em que se elegeu como vereador de Cuiabá. O gosto por eleição não parou e em dois anos depois, abandonou o mandato na Câmara Municipal e se elegeu deputado estadual. Neste ano, ele pretende fazer a mesma coisa, ou seja, interromper o mandato para se eleger como senador. Com uma base forte na baixada cuiabana, o militar que esteve por mais de dez anos no batalhão da Rotam, foca em projetos destinados as pessoas mais carentes como a CNH gratuita para cidadãos de baixa renda. Ele também tem forte atuação pela segurança pública e tem defendido a facilitação do porte de armas para moradores de área rural. Nas urnas, ele usará o número 270.
 
Feliciano Azuaga (Novo)
 



Mais jovem entre os onze, com 40 anos, completados em outubro, é também o candidato com maior formação acadêmica. Graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), ele também tem mestrado em economia industrial e inovação, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e doutorado em Economia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Alinhado ao liberalismo econômico, ele defende propostas como o corte de gastos públicos, corte de privilégios para classe política e uma revisão no pacto federativo. O seu número nas urnas é 300.
 
José Medeiros (Podemos)
  


Policial rodoviário federal aposentado, José Medeiros, de 50 anos também era desconhecido fora de Rondonópolis, seu domicilio eleitoral até o ano de 2014, até assumir a vaga de senador, quando Pedro Taques (SD) deixou o cargo para disputar pelo Governo do Estado. Suplente em exercício, Medeiros ganhou destaque no Congresso pelo seu forte posicionamento de direita, em meio a polarização, que terminou com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e com a eleição do atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido), de quem ele é muito próximo. Em 2018, sem conseguir viabilizar uma reeleição, após chegar a ter seu mandato cassado em primeira instância, fato que foi revertido em Brasília, se candidatou para deputado federal e foi eleito como o segundo mais votado no Estado. O parlamentar, inclusive, já afirmou que está participando da eleição suplementar porque seu plano sempre era ter ficado no Senado, para lá apoiar ainda mais as ações do Governo Federal. É um grande defensor da liberdade religiosa, de escolas militares, do resguardo jurídico para policiais e do Governo bolsonarista. Na urna, o seu número é 191.

Nilson Leitão (PSDB)
 



Ex-prefeito de Sinop, além de deputado federal por dois mandatos, Leitão, de 51 anos é um dos candidatos que estão tendo a segunda chance de chegar ao Senado. Em 2018 ele disputou pelo cargo, mas ficou em 5° colocado, com pouco mais de 330 mil votos. Atribuiu a sua derrota ao desgaste de seu partido, que segundo ele, precisa se reinventar. Ao contrário do último ano eleitoral, em que apoiou incondicionalmente o correligionário paulista Geraldo Alckmin (PSDB-SP), este ano ele mudou o discurso e se diz 110% alinhado com o governo de Jair Bolsonaro (sem partido), que ainda tem grande aprovação em Mato Grosso. Conseguiu aqui no Estado apoios importantes, como dos dois outros senadores Jayme Campos (DEM) e Wellington Fagundes (PL), e ainda conta com o ex-governador Júlio Campos (DEM) como seu primeiro suplente. Entre suas propostas estão a defesa do perdão de dívidas de até R$ 20 mil para pequenos empreendedores. Nas urnas, seu número é 456.
 
Pedro Taques (SD)
  



Ex-Procurador da República que ganhou grande visibilidade por seu trabalho contra o crime organizado em Mato Grosso, que culminou com a prisão do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro, Pedro, de 52 anos teve uma carreira política meteórica a partir de 2010, sendo eleito senador, cargo que deveria ter ocupado por oito anos, mas cumpriu apenas quatro, para se candidatar e vencer a eleição para o governador, em 2014. Nos anos seguintes ele acabou sofrendo por herdar a gestão de Silval Barbosa e terminou sua gestão de forma melancólica, com grande rejeição, fato que foi demostrado nas urnas, em sua tentativa de reeleição, onde ficou em terceiro lugar. Com a cassação de Selma, ele está apostando que o eleitor mato-grossense irá reconhecer seu trabalho feito no legislativo para vencer. Chegou a cair na Lei da Ficha Limpa, mas conseguiu reverter o caso no TSE, que deferiu o registro de sua candidatura. O seu número nas urnas é 777.
 
Procurador Mauro (Psol)



Eterno candidato, participou das últimas oito eleições, mas nunca ganhou nenhuma. Este ano, assim como tentou e fracassou em 2018, volta a disputar o cargo de Senado, com uma campanha sem muitos gastos e praticamente toda feita pelas suas redes sociais. Para este ano, o procurador da Fazenda de 45 anos, que também é cantor de lambadão, garante que se eleito irá lutar no Congresso Nacional pela revisão da Lei Kandir, contra a redução do ICMS sobre energia, medicamentos e combustíveis, e garante que irá defender o SUS no Senado. O seu número é 500.
 
Reinaldo Morais (PSC)
  


Candidato mais rico na disputa pelo Senado, o empresário  de 50 anos declarou um patrimônio de R$ 158,2 milhões. Ele também tem em seu palanque a senadora cassada Selma Arruda (Podemos), que era até o início do ano a vaga em disputa. Evangélico e apoiador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem defendido a retomada da obra do VLT, abertura do comércio e o combate a corrupção. Na urna, o seu número é 200.
 
Valdir Barranco (PT)
 


Ex-prefeito de Nova Bandeirantes, no interior do Estado e cumprindo atualmente seu segundo mandato de deputado estadual, Barranco, de 45 anos foi o único político com mandato a se afastar da função para disputar a eleição suplementar para o Senado. Em sua campanha ele recebeu apoio do ex-presidente da República Luís Inácio Lula da Silva, da também ex-presidente Dilma Rousseff e do último candidato à presidência pelo PT, Fernando Haddad. Em todos seus discursos, tem destacado que irá fazer forte oposição ao governo de Jair Bolsonaro e que irá fazer um mandato focado na população mais carente. O seu número na urna é 131.
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