A contadora de história Nyedja Gennari, 50, que interpretou um feto "gritando" durante procedimento de aborto, é natural de Cuiabá. A cena foi realizada no plenário do Senado Federal, nesta segunda-feira (17), durante sessão de debates temáticos destinada a discutir a resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) que proibiu a assistolia fetal — procedimento usado na interrupção da gravidez nos casos de aborto previsto em lei.

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Apesar de nascida em Cuiabá, Gennari vive em Brasília. De acordo com o Portal Metrópoles, até maio de 2023 a mulher trabalhava no gabinete do senador bolsonarista Izalci Lucas (PL-DF) e tinha uma remuneração mensal de R$ 7.158,00. 

Segundo a Folha de S. Paulo, ela é  mãe de duas meninas e deixou as salas de aulas, onde atuava há 26 anos, para se dedicar à contação. Ela costuma realizar apresentações em eventos como shows, casamentos e eventos políticos. A atuação da mulher foi alvo de críticas nas redes sociais e irritou até o presidente do senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), segundo o portal UOL. 

A convocação da mulher ocorre em meio a discussão do PL 1904/2024, chamado também de PL Antiaborto, que tenta equiparar o aborto legal realizado após 22 semanas ao crime de homicídio, inclusive no casos em que o procedimento é autorizado após estupro.

O PL foi aprovado em regime de urgência na Câmara dos Deputados. Caso aprovado, a pena máxima para esses casos passa a ser de 20 anos, igual do homicídio simples previsto no artigo 121 do Código Penal. Com isso, a mulher estuprada pode ter uma pena maior que o estuprador. 

 

 

 

 

 

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